A safra da soja começou e com ela as longas filas de caminhões que esperam para descarregar no porto de São Francisco do Sul. Desde a semana passada, são mais de 800 caminhões estacionados nos pátios dos postos e acostamentos às margens da BR-101 e da BR-280.
O diretor de logística do porto, Gilberto de Freitas, explica que desde quarta o embarque de soja, que esteve mais lento nos últimos dias devido às condições climáticas, começou a se intensificar. A tendência é de que a situação se normalize em uma semana.
— Em março e abril, a demanda é normalmente maior, mas como a movimentação ficou mais lenta, não havia mais áreas de estocagem, que agora estão abrindo mais espaço para os caminhões poderem descarregar — explica.
Na quarta, no fim da tarde, os caminhoneiros aguardavam, impacientes, por uma definição nos pátios dos postos de gasolina Maiocchi, na BR-101, e Sinuelo, na BR-280, em Araquari.
— Toda safra é a mesma coisa, tanto aqui, no Porto de São Francisco, como em Paranaguá — reclama Valmir Ronsani, caminhoneiro há 30 anos.
— Eles não dão uma previsão de quando vamos poder descarregar, e o pior é que, além de deixar de ganhar R$ 550 por dia parado, aqui, no posto Maiocchi, ainda temos que pagar R$ 10 para ficar estacionados, mais R$ 4 se quisermos tomar banho e a comida também sai caro — reclama Elton Bággio, que veio de Mafra e está há dois dias esperando.
A indústria não se responsabiliza pelos gastos.
— A empresa é que deveria pagar, já que não podemos descarregar e temos que ficar aqui, esperando os navios encostarem no porto — diz Nilson Dario. Ele também veio do Paraná, transportando 37 toneladas de soja.
Fonte: Diário Catarinense
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