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Mesmo com gargalo portuário, Santos Brasil prevê crescer

SANTOS - Apesar do temor acerca de um possível apagão logístico devido à falta de estrutura e à grande demanda nos portos do País, a Santos Brasil, considerada atualmente a maior operadora de contêineres do País, continua apostando alto e apresentando 30% de crescimento anual. Com investimentos em seus três terminais - em Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA) -, a empresa, que previa investir R$ 137 milhões este ano, ampliou o montante para R$ 173 milhões.

Em 2011, no Tecon Santos, serão investidos R$ 35 milhões na aquisição de equipamentos. O maior terminal da América do Sul receberá 12 novos RTGs, utilizados na movimentação de contêineres; hoje a empresa conta com 34 em operação.

O ano, aliás, trouxe importantes ganhos para a empresa: no terminal da Baixada Santista, foi registrado recorde de movimentação. Foram movimentados 93.882 volumes em contêineres em outubro, o maior índice dos seus 13 anos de operação.

Vale lembrar que a Santos Brasil, que em 1997 venceu o leilão de privatização do Tecon Santos, já registrou ali uma movimentação superior a um milhão de TEUs (unidade de capacidade equivalente à de um contêiner de 20 pés).

De acordo com o presidente Antônio Carlos Sepúlveda, a maior movimentação se deu no desembarque de mercadorias voltada ao mercado interno. "Esta tendência deve ser mantida porque o real está valorizado", declarou ele.

Além disso, o executivo destacou outras ações da empresa este ano como a inauguração da extensão do terminal 4, que ampliou o Tecon Santos em cerca de 20%, as obras de modernização no Tecon Imbituba, bem como a chegada de dois grandes clientes a seu portfólio: Mercedez Benz e Próxima.

Mão de obra

Por outro lado, a empresa, que ampliou em 10% o número de empregados diretos -estava com 3 mil e pulou para 3.400- e espera aumentar ainda mais este número em 2011, ainda sofre com a falta de mão de obra especializada. "O mercado está aquecido e não temos profissionais para ocuparem as vagas disponíveis. Faltam pessoas capacitadas em planejamento de equipamentos", afirma Sepúlveda.

O diretor de Operações da Santos Brasil, Washington Flores, explica que a preocupação é tanta e a demanda tão pouca no mercado que a empresa conta com equipamentos voltados apenas ao treinamento de funcionários. A Santos Brasil, além de administrar contêineres, conta com um terminal de exportação de veículos e unidades de logística portuária, e já investiu R$ 2,2 bilhões em qualificação de mão de obra, tecnologia e modernização da infraestrutura portuária.

Fonte: DCI/Andrezza Queiroga






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