A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) inicia hoje uma turnê internacional para vender a investidores estrangeiros o plano de logística do governo. O destino será a China, onde ficará até o próximo dia 28.
Gleisi viaja a convite do embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, com quem já havia conversado sobretudo a respeito dos leilões de ferrovias federais.
Nesta semana, ela e a presidente também estiveram com representantes de empresas japonesas, para quem apresentaram os projetos de infraestrutura e de quem receberam convite semelhante.
A viagem faz parte de um plano mais amplo do Palácio do Planalto, que é convencer grandes empresas do minério e do agronegócio a investir em seu planos de logística.
A ministra, ao lado de Bernardo Figueiredo (Empresa de Planejamento e Logística) e do ministro César Borges (Transportes), cumprem desde a semana passada uma maratona de reuniões para revender o projeto de logística da presidente Dilma Rousseff, lançado em 2012.
No governo, a preocupação maior é com o leilão do primeiro trecho (a complementação da Ferrovia Norte-Sul entre Maranhão e Pará), marcado para outubro, cujo modelo tem afugentado investidores.
As grandes concessionárias de transporte consideram os estudos insuficientes, e o risco da obra, muito elevado. A taxa de retorno, recalculada para 8,5% ao ano, ainda é pouco atrativa. Empresários questionam também a capacidade administrativa da estatal de transporte ferroviário, a Valec.
O Planalto considera o sucesso desse primeiro leilão essencial para destravar os demais e legitimar uma das principais bandeiras eleitorais de Dilma de 2010 e que servirão de munição para o ano que vem.
Interlocutores da presidente dizem também que ela está mais disposta a dialogar com investidores por considerar que esticou a corda ao lançar, sem consulta ampla, no ano passado, seu pacote de infraestrutura.
Fonte: Folha de São Paulo/TAI NALON/DiMMI AMORA DE BRASÍLIA
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