O superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior, foi um dos conferencistas do Congresso Intermodal South America 2011, que terminou dia 7 em São Paulo. Ayres apresentou no primeiro dia do Congresso, 5 de abril, o case de integração da Hidrovia do Rio Itajaí-Açu ao Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH) da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), as principais etapas, desafios e benefícios do projeto e explicou como pode ser feita a inclusão ao plano. Ayres participou da conferência ao lado de palestrantes de renome internacional, como o ministro-presidente do Governo Flamengo e ministro da Economia, Política Externa, Agricultura e Política Rural de Flandres, Kris Peeters, e do ex-ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República, Pedro Brito. O planejamento da rota de navegação fluvial entre Itajaí e Blumenau, segundo Ayres, prevê inicialmente a utilização de trecho de 10 quilômetros a montante do Complexo Portuário do Itajaí, por este trajeto já possui condições técnicas de operação, como profundidade adequada e sinalização náutica em fase final de implantação. Atualmente, o trecho hidroviário já é utilizado por terminais localizados à margem do rio. Prevê ainda o mapeamento do restante do trajeto entre os dois municípios e a elaboração de estudo que deve apontar a melhor forma de utilização da rota.

Coisa antiga
Na verdade, a navegação pelo rio Itajaí-Açu entre Itajaí e Blumenau era uma grata realidade no final do século. Em vários de seus livros sobre o pioneirismo das primeiras famílias alemãs que chegaram ao Vale do Itajaí por volta de 1890, a escritora Urda A. Klueger fala sobre a chegada em Itajaí e a subida, pelo rio, em barcaças, no rumo de Blumenau. Havia naquela cidade inclusive um "porto", o Porto de Blumenau.
A navegação fluvial foi "detonada" pelo incremento ao transporte rodoviário, fator que acabou também com as estradas de ferro que beneficiavam - imensamente - a região.

Fonte: Tribuna Catarinense/Victor Grein Neto

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