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Navio Cruzeiro do Sul leva cientistas para mais uma missão de pesquisa

No sábado, 23, o Navio Hidroceanográfico (NHo) Cruzeiro do Sul, atracou em Rio Grande. O dia foi aproveitado para embarcar os equipamentos a serem utilizados durante a Comissão Transatlântico II, iniciada dia 18 de outubro, quando a embarcação desatracou do Rio de Janeiro. O navio zarpa hoje, 24,  às 16h, em direção a África do Sul, levando a bordo equipe de 16 cientistas e 75 militares, sob o comando do capitão-de-fragata André Moraes Ferreira. No retorno ao Brasil, uma nova equipe de 16 cientistas, que foram à África de avião, voltarão com o navio. E os que sairam do porto do Rio Grande, retornarão de avião.

Até o dia 22 de dezembro deste ano, quando estará já no Brasil, o Cruzeiro do Sul, realizará a segunda comissão oceonográfica transoceânica brasileira que, além de propiciar um conhecimento privilegiado do ambiente marinho oceãnico, inclui o Brasil dentro do seleto grupo dos países que realizam pesquisas oceanográficas em caráter global.

Ao longo da Comissão, serão realizadas 101 estações oceanográficas (81 durante a travessia Rio Grande - Capetown e 20 durante a travessia Capetown - Rio de Janeiro). Nestas estações está prevista a mensuração de parâmetros de temperatura, salinidade, pressão, biótica, concentração de CO2 na interface ar-mar, de oxigênio dissolvido, pH e de nutrientes dissolvidos, além de coletas de amostras de água do mar, colhidas nas mais diversas profundidades, de fitoplâncton, produção primária, quimiossintética e bacteriana.

Os dados coletados  ao longo desta Comissão enriquecerão a base de dados do Banco Nacional de dados Oceanográficos (BNDO), em apoio à produção de informações ambientais, necessárias ao planejamento e condução de operações navais, nas áreas de interesse da Marinha.

A Comissão conta com a participação de pesquisadores do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade  Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O navio foi fabricado na Noruega, originalmente construído como navio pesqueiro de alto mar, com o nome Surveyor. Foi convertido, em 91, em navio de pesquisas sísmicas e teve seu comprimento aumentado. Foi adaptado para operar  com "Remotely Operated Underwater Vehicles", permitindo lançamento e apoio a veículos submarinos controlados a partir do navio. Em 2005, participou da operação de salvamento da tripulação do submarino russo AS-28, preso em redes de pesca a 200 metros de profundidade no Oceano pacífico.

Um convênio assinado em 2006, entre a Marinha e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, iniciou o processo de obtenção do Surveyor a fim de atender a comunidade científica brasileira, para concretização do projeto Laboratório Nacional Embarcado. Este projeto tem como propósito dotar o Brasil de plataformas de coleta de dados oceanográficos, incrementando o embarque de pesquisadores, professores e alunos, de forma sistemática e contínua.

Fonte: Jornal Agora (RS)/Anete Poll






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