Chegou a hora e a vez dos micro e pequenos empresários aproveitarem as oportunidades de negócios oferecidas no Complexo Portuário de Suape. Para os que atuam nos setores de bens e serviços, atenção e foco devem ser redobrados e o ponto de partida para entrar de vez num dos polos industriais mais competitivos do Brasil é a intensificação de treinamentos, capacitações e gestão de qualidade.
Estaleiro Atlântico Sul é um dos empreendimentos que podem demandar produtos e serviços de pequenas empresas Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press - 1/10/09
O relatório "Apresentação do mapeamento de demandas por bens e serviços dos empreendimentos de Suape", apresentado nesta semana pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Pernambuco, em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Técnica (GTZ), tira dúvidas e reforça todas as demandas e o potencial de negócios a serem explorados no complexo. São pelo menos 300 novas oportunidades de negócios com base nas carências estruturais e de serviços do Estaleiro Atlântico Sul, da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape. As demandas são em vários segmentos, como construção civil, caldeiraria, instalações elétricas, resfriamento, montagem industrial e isolamento térmico, entre outros.
Quem pretende ingressar como fornecedor de bens e serviços para as grandes empresas instaladas em Suape deve detectar suas necessidades de conhecimentos técnicos e de logística para fortalecer a competitividade diante do crescimento do polo industrial. Nesse caso, o Sebrae-PE vai dar continuidade e intensificar os processos de capacitação e treinamento daqueles que pretendem ter sucesso na empreitada.
Segundo a diretora técnica do Sebrae-PE, Roberta Correia, os micro e pequenos empresários dos municípios no entorno de Suape levam vantagem pela proximidade de logística. No entanto, reforça que os benefícios poderão se estender aos empreendedores de todo o estado. "Em um universo de 160 mil micro e pequenos empresários em Pernambuco, é uma boa oportunidade para os empreendedores planejarem e reestruturarem suas logísticas para atenderem a essas demandas", afirmou.
Uma das pontes que o Sebrae-PE indica para esses empreendedores ingressarem de forma competitiva nas demandas mapeadas pelo estudo é o projeto Vínculos, focado no encadeamento produtivo das necessidades que as micro e pequenas empresas têm para atuar como fornecedores de bens e serviços para as empresas de grande porte. Cerca de 50 empresas, dentre as quais algumas que já atuam em Suape, mantém parcerias com o órgão intensificando as atividades de controle de gestão, qualidade e orientação, além de capacitações e treinamentos necessários que fomentam o desenvolvimento sustentável de Pernambuco em vários setores econômicos.
A unidade do Sebrae-PE da Mata Sul, no Cabo, vai investir, a partir do próximo mês, em esclarecimentos para gestores públicos e setores industriais. O objetivo é conscientizar os empresários de grande porte e os pequenos empreendedores sobre a importância dos projetos direcionados às capacitações, inclusive com o acesso aos 23 fascículos do estudo. Para Roberta Correia, as iniciativas do órgão mostram como as microempresas podem fornecer bens e serviços a empresas de grande porte com qualidade internacional. "O apoio dos gestores municipais é um fator multipilicador levando as informações para os empreendedores locais e de outros polo econômicos do do estado", destacou.
Fonte: Diário de Pernambuco
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