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O complexo santista e o apoio às plataformas offshore

O Porto de Santos é conhecido por realizar diversos tipos de operações e as de apoio às plataformas offshore (termo de significa fora da costa) estão entre elas. Esse tipo de atividade passou a ser feita no complexo marítimo nos últimos anos, com o início da exploração das reservas de petróleo na camada do pré-sal na Bacia de Santos.

Com essa nova demanda, a Petrobras e outras companhias petrolíferas precisavam de áreas em portos locais – no caso, em Santos – para operar os barcos utilizados nas plataformas. Era necessário espaço para o embarque e o desembarque de peças, resíduos, água e óleo vindos ou levados dessas instalações oceânicas.

Como no complexo santista, as companhias petrolíferas não conseguiram arrendar áreas para essas atividades, a saída foi sublocar berços (pontos de atracação) nos terminais existentes, que passaram a operar como bases de apoio. Entre as empresas que já realizaram esse serviço, estão a Bandeirantes Logística, na região de Outeirinhos e, nos últimos anos, o Ecoporto Santos, no Cais do Valongo, ambos na Margem Direita do complexo.

Atualmente, nenhuma delas realiza mais esse tipo de operação. Em Santos, o atendimento às reservas do pré-sal se limita às atividades do terminal da multinacional italiana Saipem, localizado na entrada do canal de navegação, no Complexo Industrial Naval de Guarujá. No local, ocorre principalmente a montagem das tubulações que ligam as reservas às plataformas e o embarque dessas peças em navios de suprimentos, que as levam até às instalações offshore.

O terminal da Saipem, no Guarujá, trabalha na montagem de plataformas

Apesar da crise econômica que o Brasil enfrenta, está sendo investido mais nesse tipo serviço. Prova disso é que a Petrobras mantém um programa de construção de novos navios de apoio. A companhia chegou a encomendar 17 embarcações desse tipo para a operadora logística Brasil Supply, apenas para citar um exemplo. Desse total, seis já foram entregues, três foram lançadas nas últimas semanas e oito estão em fase adiantada de construção.

Desses barcos, alguns passarão pelo cais santista, já que o complexo atende à Bacia de Santos, que é à maior bacia sedimentar offshore do País,com uma área total de mais de 350 mil quilômetros quadrados, se estendendo de Cabo Frio (RJ) a Florianópolis (SC).

Fonte: A Tribuna online






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