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Obra de R$ 196 milhões em Rio Grande foi inútil na prática

São Paulo — O aprofundamento do canal do porto gaúcho de Rio Grande é mais um exemplo da falta de planejamento e do desperdício de dinheiro público no país.

A obra, iniciada em 2009, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), deveria aumentar de 14 para 16 metros a profundidade do canal interno do porto e de 14 para 18 metros fora dos molhes (estrutura que se estende em direção ao mar para proteger as embarcações).


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Com isso, os navios que atracam no quarto maior porto público do país, por onde passam mais de 90% das exportações gaúchas, poderiam transportar até 20.000 toneladas a mais em cada viagem, reduzindo o custo logístico. A obra, executada pela brasileira Odebrecht e pela belga Jan de Nul, custou aos cofres públicos 196 milhões de reais e ficou pronta em 2010.

Mas, até agora, é completamente inútil. A Marinha, responsável pela segurança dos navios nos portos, não homologou o aprofundamento realizado por considerar que o laudo apresentado após o término do serviço tem inconsistências técnicas.

Por isso, os navios não são autorizados a levar mais carga por viagem. O pior é que o governo federal está contratando mais uma dragagem de Rio Grande, no valor de 387 milhões de reais, para retirar os sedimentos que se acumularam na área desde 2010. A dúvida é se a nova obra vai resolver o problema de vez ou se será mais dinheiro público gasto em vão.

Tópicos: PAC, Infraestrutura, Portos, Transportes, Rio Grande do Sul

FonteEXAME/Gian Kojikovski






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