Dois importantes passos para a melhoria da capacidade portuária do Estado foram dados ontem e apontam para o fim da "novela" da dragagem e derrocagem do canal de acesso ao Porto de Vitória, que se arrasta há mais de dez anos.
As obras vão durar 14 meses e devem começar até setembro, conforme cronograma da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). São um alento para um Estado que tenta superar a morte do seu principal incentivo portuário, o Fundap.
O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, esteve ontem no Estado e reafirmou investimentos de
R$ 443 milhões até 2014 no complexo portuário administrado pelo poder público. Do montante, R$ 103,8 milhões serão gastos com a dragagem e derrocagem.
Ele também assinou contratos para o início das obras no canal de Vitória e a ordem de serviço para os estudos de viabilidade do porto de águas profundas do Estado, que custarão R$ 20 milhões. A localização do superporto deve ser definida até dezembro. Os investimentos de R$ 443 milhões também contemplam a ampliação e recuperação dos cais comercial e de Atalaya.
"Um porto com cais moderno e com profundidade de acordo com padrões dos navios que circulam pela América do Sul vai, por consequência, alavancar a movimentação".
O Estado conta com a melhoria portuária para tentar compensar as perdas tributárias provocadas com a extinção do Fundap. "Ganharmos velocidade nesses investimentos pode diminuir prejuízos que vamos ter a partir do ano que vem", afirmou o governador Renato Casagrande.
O canal passará de 10,7m a 14,5m de profundidade. O responsável será o consórcio Dratec-Eterman-Rohde, que apresenta o plano de trabalho em até 90 dias.
Fonte:A Gazeta(ES)/Redação Multimídia/Vinícius Valfré
PUBLICIDADE