As obras de infraestrutura administradas pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) vão aperfeiçoar a operação de cargas no Porto de Santos, tornando-o cada vez mais uma porta eficaz de saída do agronegócio brasileiro para o mundo. A estatal mira em cargas tradicionais para aumentar substancialmente a movimentação no porto santista. A exportação de soja, por exemplo, tende a aumentar devido à necessidade de gigantes como China e Rússia. O açúcar e as carnes bovina, suína e de aves também estão crescendo e alavancando as exportações brasileiras, segundo o Ministério da Agricultura.
Dentre todas as obras em andamento, o diretor de Infraestrutura e Execução de Obras da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Paulino Moreira da Silva Vicente, considera a dragagem de aprofundamento a mais grandiosa. A execução do serviço vai permitir que a profundidade do canal de acesso ao Porto passe de 13 para 15 metros. Ele afirma que a possibilidade de receber navios de maior porte no porto santista é um acontecimento de magnitude mundial. “Tenho tido a oportunidade de viajar para vários países recentemente e vejo de maneira muito clara que o Brasil é a bola da vez, o grande país exportador do mundo no agronegócio”.
O desejo da diretoria da Codesp é de que as melhorias em infraestrutura sejam o diferencial de Santos diante do comércio internacional de cargas. Devido ao aperfeiçoamento operacional, a Companhia vem sendo procurada diariamente por empresários, autoridades portuárias e grandes veículos de comunicação internacional.
A dragagem, na visão do diretor da Autoridade Portuária, cria uma condição diferenciada para o Porto de Santos em âmbito mundial, garantindo um representativo ganho de escala na movimentação de contêineres e de granéis. Conforme informou a coluna Gazeta, o aprofundamento do canal também irá permitir que o Porto possa receber um número menor de embarcações, mas com movimentação total muito maior. É o paradigma de um porto produtivo.
De acordo com Paulino, os cuidados socioambientais com as obras também estão na pauta diária da diretoria da estatal. A Codesp investiu quase R$ 20 milhões em gerenciamento ambiental somente para a realização da dragagem. “São 25 programas ambientais permanentes de monitoramento. Nós não entendemos esses como custos adicionais que possam onerar o empreendimento, mas que agregam valor e mostram responsabilidade da Autoridade Portuária com a Baixada Santista e um compromisso com o patrimônio histórico, cultural e arqueológico”.
Fonte:Só Notícias
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