O Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) pedirá ao Governo do Estado a remodelação de uma via que poderá servir como um novo acesso ao Porto de Santos. Trata-se de um trecho de cerca de cinco quilômetros da SP-048 que não está contemplado nas obras da entrada da cidade.
A questão foi encaminhada ao Governo do Estado por meio do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos. A expectativa é de que seja necessária a remodelação da via e uma reforma estrutural na ponte que atravessa o Rio Casqueiro.
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De acordo com o presidente do Sopesp, João Almeida, um trecho dessa via faz parte das intervenções que já estão sendo realizadas na entrada da cidade. Porém, ela só vai até o bairro Piratininga.
“Analisando o tráfego naquela região e no Porto, pensamos: por que a SP-048 não pode ser remodelada até o entroncamento com a Via Anchieta? É um trecho de mais ou menos cinco quilômetros e poderá representar um grande ganho para o Porto de Santos”, destacou Almeida.
Para o presidente do Sopesp, a via poderá representar uma nova possibilidade de saída para o complexo marítimo. Além de ajudar na mobilidade urbana, também aumentaria a segurança, já que poderá virar um ponto de fuga em caso de acidente no cais santista.
“O fluxo de caminhões dentro da Alemoa é grande e a gente continua restrito em caso de emergência naquela região, que tem muitos terminais que operam produtos químicos”, destacou Almeida.
O presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial e Portuário da Alemoa (AMA), João Maria Menano, concorda com a medida. Ele destaca a preocupação com o fato de que o cais santista não pode ficar refém de um único acesso. E lembra do incêndio que atingiu os tanques da Ultracargo, há alguns anos, e bloqueou a região.
“Eu apoio todas as iniciativas que forem para melhorar o acesso ao Porto e ao retroporto. É muito importante”, destacou Menano.
Para o presidente da AMA, com as perspectivas de crescimento do país, o Porto de Santos deve incrementar, renovar e melhorar seus acessos. “Santos não pode achar que, sem grandes esforços, continuará a ser soberano no quesito de movimentação e atração de cargas. Temos que lutar. A competição, que é saudável, está aí e já existem estruturas portuárias por toda a costa brasileira com operações muito bem estruturadas. Então, temos que avançar”.
Sem problemas
Segundo o secretário de Logística e Transportes de São Paulo, João Octaviano Machado Neto, o trecho citado pelo Sopesp está fora da área de concessão da Ecovias, a concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI).
Segundo o responsável pela pasta de Transportes, o pleito já foi encaminhado ao Governo do Estado e é de fácil solução. “É questão de sentar, conversar e resolver”, afirmou o secretário.
Fonte: A Tribuna