A paralisação dos motoristas ligados ao Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), iniciada na última quarta-feira, até o final da tarde de quinta-feira (26) não tinha gerado nenhum conflito na BR-392, no trecho de Rio Grande. No entanto, a greve desses caminhoneiros já tem alguns reflexos negativos no Município, que é atraso na chegada de mercadorias e cargas.
A Expresso São Miguel, que é uma distribuidora de mercadorias e medicamentos para o comércio em geral, clínicas e hospitais de Rio Grande, recebe, diariamente, um caminhão com produtos que, em seguida, distribui. Na quarta-feira, devido ao bloqueio feito por motoristas grevistas em Pelotas, o caminhão atrasou e só conseguiu chegar na distribuidora no meio da tarde. "Hoje já não conseguiremos fazer a entrega dessas mercadorias e medicamentos. A distribuição fica com um dia de atraso", relatou Jair da Silva Vieira, gerente da empresa.
O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Rio Grande (Sindicam), Paulo Quaresma, disse que o trecho de Rio Grande da BR-392 está sendo monitorado pelo sindicato com o objetivo de evitar bloqueios. Assim como a Polícia Rodoviária Federal, ele relatou que na área de Rio Grande não ocorreram problemas até o final da tarde de quarta-feira.
Mesmo assim, já são registrados reflexos no porto rio-grandino. Terminais portuários já tiveram diminuição da chegada de caminhões com cargas. Segundo Quaresma, a estimativa é de que o porto de Rio Grande tenha deixado de receber 50% das cargas previstas devido a bloqueios que impedem a chegada de caminhões ao Município. O Sindicam não participa do protesto movido pelo MUBC.
Fonte: Jornal Agora (RS) / Carmem Ziebell
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