Os protestos dos caminhoneiros, que bloqueiam há três dias as principais rodovias do País, não deve prejudicar o abastecimento cearense. Quem afirma é a Associação Cearense dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Acad), mesmo ante as paralisações no eixo sul do Brasil, de onde vem grande parte do que é consumido no Nordeste.

Adailton Pinto, presidente da Acad, explica que a paralisação é apenas de caminhoneiros autônomos, o que minimiza os impactos negativos. “A maioria dos caminhões que fazem distribuição do para nosso estado são de veículos das próprias empresas. Nosso impacto será mínimo”, enfatiza. Ele, entretanto, não descarta algum atraso nas entregas, o que é driblado pelo estoque médio suficiente para 60 dias no setor.

Ao todo, foram realizados até agora 35 protestos em 23 rodovias de nove Estados do País. Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina e Rondônia tiveram maior adesão dos motoristas autônomos. No Ceará nenhuma rodovia federal ou estadual foi interditada pelo movimento.

Nos estados afetados, o maior prejuízo ficou com os setores de produtos perecíveis, como leite, cujo prejuízo diário é estimado em R$ 6 milhões.

Reivindicações
O Movimento União Brasil Caminhoneiro pede subsídio ao preço do óleo diesel e isenção do pagamento de pedágio pela categoria em todas rodovias do país. Também reivindica a criação de uma secretaria do transporte rodoviário de cargas, subordinada diretamente à Presidência da República, e aprovação de um projeto de lei -- em tramitação no Congresso -- que aprimora a Lei do Motorista.
O líder da paralisação dos caminhoneiros, Nélio Botelho, afirmou que os protestos serão mantidos nas estradas brasileiras até as 6h de hoje. A União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), uma das entidades representativa dos caminhoneiros no país, divulgou nota criticando a paralisação convocada para hoje com o objetivo de fechar algumas rodovias do país.
Fonte: O Povo (CE)

PUBLICIDADE