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Paraná pode ser o primeiro Estado brasileiro a exportar gado vivo para o Irã

País do Oriente Médio quer investir um R$ 1 bilhão na aquisição de animais vivos para o abate

O Paraná pode ser o primeiro Estado brasileiro a exportar gado vivo para o Irã. O país do Oriente Médio quer investir um R$ 1 bilhão na aquisição de animais vivos para o abate dentro de suas normas religiosas. O governo do Paraná teria que investir em estrutura para manter os animais no porto de Paranaguá antes do embarque.

O embaixador do Irã e o presidente da Associação Nacional de Produtores de Bovinos de Corte (ANPBC), José Antonio Fontes, entregaram ao governador do Paraná, Beto Richa, um ante projeto pedindo apoio do governo do Estado. O principal seria a construção de um espaço no porto de Paranaguá com condições sanitárias e de bem estar animal adequadas para abrigar os animais antes do embarque. A entidade diz que a ideia é formar um plantel exclusivo para atender o Irã.

– O Brasil tem toda condição de atender o Irã. Para estabelecer as bases do projeto teríamos que disponibilizar em um ano 50 mil toneladas de carne. Isso corresponde aproximadamente a 200 mil animais. Isso não é grande coisa, mas é trabalhoso porque um navio comporta entre 12 e 15 mil animais por carga. É muita coisa fazer toda essa movimentação. Nós estamos em contato com armadores para que seja feito dentro da melhor forma, visando o bem estar animal e a questão econômica. Eles falaram em um projeto de longo prazo, chegar a 500 mil toneladas de carne. Seriam dois milhões de animais. E não vai ser tirado do abate interno, vai ser animal produzido especificamente para exportação – explica o presidente da ANPBC, José Antonio Fontes.

O governo do Irã tem um US$ 1 bilhão para investir no projeto de importação de gado vivo para que o abate seja feito em solo iraniano, conforme a orientação cultural do país. Eles já são o segundo maior comprador de carne congelada do Brasil. A nova parceira comercial pode beneficiar 200 mil produtores paranaenses de gado, mas também criadores de outros Estados.

A exigência principal é que eles sejam precoces, para serem  terminados durante a viagem de navio, que demora em média 60 dias, mais 40 dias de permanência no Irã. Antes do abate, o impacto do processo de exportação de gado vivo na sanidade animal do Estado pode ser positivo, na opinião dos criadores.

– É um fator de benefício porque coloca mais responsabilidade na cadeia. Desde o produtor, passando pelos órgãos de extensão do governo, pelas exigências do Ministério. É mais um motivo de se aproximar do ideal futuro que seria livre de aftosa sem vacinação. Isso vai propiciar melhoria não só na questão de aftosa, mas na brucelose, nas clostridioses, na raiva. Enfim, vai motivar o investimento e isso vai fazer com que nós tenhamos um animal em condições de sanidade melhor e com qualidade de carne melhor – informa.

Fonte: Zero Hora/Katia Baggio | Londrina (PR)



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