Maior terminal de grãos da América Latina vai desembolsar R$ 270 milhões neste ano; de 2005 a 2009, aportes somaram R$ 95 milhões
O Porto de Paranaguá, segundo maior do País e considerado o maior terminal para o escoamento de grãos da América Latina, receberá neste ano R$ 270 milhões em investimentos em obras de infraestrutura. O montante, recorde na história do terminal, é mais de 180% superior aos desembolsos efetuados entre 2005 e 2009, que somaram R$ 95 milhões.
Investimentos serão feitos com recursos do caixa da Appa, autarquia que administra o porto
Os recursos virão do próprio caixa da Associação Portuária de Paranaguá e Antonina (Appa), que administra o terminal desde 2002. “Fechamos o ano passado com cerca de R$ 400 milhões em caixa, o que justifica os investimentos”, disse Luiz Alberto Lenz, diretor de desenvolvimento empresarial da Appa.
Entre os projetos anunciados pela associação estão a remodelação e ampliação do cais, a construção de um novo armazém graneleiro, com capacidade para 107 mil toneladas de grãos, e de um terminal para cargas congeladas, que terá capacidade para 12 mil toneladas. Os aportes incluirão ainda a compra de uma draga própria.
As melhorias, segundo Lenz, vão garantir maior eficiência operacional ao porto. “A reforma no cais, por exemplo, aumentará em 30% a estrutura do porto. O novo silo criará potencial para incrementar em até 80% a movimentação de grãos”, afirmou.
Com os investimentos, a Appa também estima aumentar o volume de cargas que entram e saem do terminal para 42 milhões de toneladas. Desde 2005, a associação vem mantendo ritmo de 35 milhões de toneladas por ano.
Investimento recorde aos 75 anos
O Porto de Paranaguá completou em março 75 anos de operação e está sob gestão da associação desde 2002, época em que quase foi privatizado. A Appa, uma autarquia ligada ao governo paranaense, tem licença para administrá-lo até 2027.
Durante os sete anos sob a gestão da Appa, o porto triplicou o volume de congelados exportados, que passou de 703,8 mil toneladas para 1,7 milhão de toneladas. O valor gerado pelos embarques teve crescimento de mais de 500%, passando de US$ 414 milhões, em 2003, para US$ 2,92 bilhões, em 2009.
Para 2010, a autarquia prevê alcançar receita de US$ 15 bilhões com exportações. Em 2009, o valor atingido foi de US$ 12,5 bilhões.
Fonte: Último Segundo/Daniela Barbosa, iG São Paulo
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