O plano agrícola e pecuário 2015-2016 prevê R$ 187,7 bilhões de crédito para produção de alimentos. O volume representa acréscimo de 20% nos recursos de crédito para financiar a próxima safra. A expectativa do governo é que o Brasil acrescente nos próximos 10 anos mais de 50 milhões de toneladas de grãos alimentícios e mais oito milhões de toneladas de carnes à produção nacional.
Durante o lançamento do plano nesta terça-feira (2) em Brasília (DF), a ministra da agricultura, pecuária e abastecimento, Kátia Abreu, destacou a necessidade de a iniciativa privada atuar junto ao poder público para promover infraestrutura física e tecnológica. "O ajuste econômico não se dá apenas com cortes, se dá também por investimentos", defendeu.
A ministra destacou que houve uma revolução no agronegócio a partir da década de 1970, que ampliou a produção de 40 milhões de toneladas/ano em 1976 para 202 milhões de toneladas/ano em 2014. Nesse período a produtividade passou de 1.200 quilos por hectare para 3.500 quilos por hectare. Ela também disse que a capacidade de armazenamento teve acréscimo de 17 milhões de toneladas nos últimos três anos. Para conseguir armazenar 100% da safra, segundo a ministra, a meta do governo é aumentar essa capacidade em mais 60 milhões de toneladas.
Kátia Abreu destacou que, desde Lei dos Portos (12.815/2013), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) recebeu cerca de 90 pedidos de autorização para instalação de novos terminais de uso privado (TUP), que representam investimentos da ordem de R$ 20 bilhões. Esses pedidos incluem, em sua maioria, projetos para escoamento da safra de grãos.
Durante a cerimônia, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender o ajuste fiscal, associado a políticas públicas de atração de investimentos privados. Ela confirmou para a próxima terça-feira (9) o lançamento do programa de concessões portos, aeroportos, ferrovias, hidrovias e rodovias. Além do plano de infraestrutura e transporte, o governo pretende lançar o plano nacional de exportações e continuar buscando reduzir as barreiras nas relações econômicas com outros países. "O fortalecimento das exportações e do agronegócio está nas prioridades desse plano", afirmou a presidente.
(Da Redação)
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