A construção de um megacomplexo portuário em Ilhéus (BA), com investimento estimado em R$ 3,5 bilhões e 1,8 mil hectares de área total, fez ressurgir a esperança de prosperidade, depois de duas décadas de decadência da "civilização do cacau". Mas o projeto do Porto Sul assusta uma parcela dos empresários e ambientalistas da região, que temem efeitos devastadores para o turismo e para trechos da Mata Atlântica.
O futuro do complexo, que pretende ser o ponto final da prometida Ferrovia de Integração Oeste-Leste para o escoamento da produção do interior da Bahia, chega a um momento decisivo. O governo estadual percebeu os riscos de um veto do Ibama ao local inicialmente escolhido para o porto e tenta agora viabilizá-lo a cerca de dez quilômetros do centro de Ilhéus. O porto é do tipo "offshore" - tem cais avançado no mar, com uma ponte com mais de três quilômetros.
"O projeto será a redenção de Ilhéus", diz o prefeito Newton Lima (PT), que viu a população do município encolher - de 222 mil para 184 mil entre os anos 2000 e 2010. A população urbana aumentou, assim como as ocupações irregulares e os índices de criminalidade.
Fonte: Valor Econômico/Por Daniel Rittner | De Ilhéus
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