Coube ao diretor de Engenharia e Meio Ambiente de Suape, Ricardo Padilha, responder aos argumentos colocados pelo MPPE e MPF na Ação Civil Pública (ACP) que pede a suspensão do desmatamento no Porto. “O EIA/RIMA de 2000 já foi feito incluindo uma área de abrangência no Porto Organizado, previa essa ação (para construir empreendimentos). Não temos conhecimento de que seja necessário repetir o EIA/RIMA para uma mesma área”, disse, assegurando estará enviando a defesa para a Justiça Federal até as 10h da próxima segunda-feira.
Além disso, Ricardo Padilha explica que a intervenção não está ocorrendo com rapidez porque serão necessários pelo menos quatro meses para estudos adicionais serem feitos e também para que haja a avaliação da CPRH e do Ibama. Porém, um novo EIA/RIMA poderia demorar até dois anos para ser elaborado e aprovado. Sobre a ausência de discussão, ele argumenta que houve todo o processo de debate durante a criação do EIA/ RIMA, bem como audiências públicas e reuniões com órgãos ambientais meses antes da aprovação do Projeto de Lei encaminhado à Assembleia Legislativa.
O diretor não nega que o Complexo Industrial de Suape pode ter tido participação em desgastes ambientais na fauna marinha, mas analisa que os rios poluídos e outros fatores têm responsabilidade nesses problemas. A devastação alcançará exatamente 17,039 hectares de Mata Atlântica, 508,3614 hectares de manguezal e 166,0631 hectares de restinga.
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