Com uma produção de arroz bastante considerada, em média 8,1 milhões de toneladas todos os anos, o estado do Rio Grande do Sul tem destinado 2,4 milhões de toneladas do produto ao Nordeste brasileiro, sendo que deste quantitativo, pelo menos 2 milhões são transportados por vias rodoviárias e 480 mil toneladas transportadas via projeto de Cabotagem. O cenário, esboçado pelo presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wagner Breckenfeld, com informações adquiridas no estado gaúcho durante o último workshop realizado pelo Porto de Cabedelo em parceria com a Superintendência de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul e a Secretaria Especial dos Portos da Presidência da República (SEP), na última segunda-feira (16), tem despertado grande interesse de investidores da região Sul no terminal paraibano que tem agora muitas chances de se tornar uma espécie de “base” dos produtos sulistas no Nordeste, e até da Argentina e do Uruguai.
Segundo o gerente comercial do Porto de Cabedelo, Francisco Paquet, que vem divulgando o projeto de cabotagem do terminal paraibano em todo o país para atrair novos investidores, a Paraíba tem despontado como uma excelente opção para o transporte e posterior escoamento de mercadorias da região Sul para o Nordeste. No Workshop ocorrido na semana passada no Porto de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Paquet explica que apresentou o projeto paraibano de Cabotagem às principais lideranças da produção de arroz do estado gaúcho. Uma das vantagens apresentadas, disse o gerente, foi a grande relevância que teria o fluxo de mercadorias entre as regiões.
“No sentido Rio Grande do Sul-Paraíba, seriam transportados arroz, MDF, madeira compensada e alimentos processados. Já no sentido Paraíba-Rio Grande do Sul, transportaríamos produtos têxteis, frutas, gesso e produtos minerais”, disse o gerente comercial do Porto, afirmando ainda que os armadores presentes demonstraram-se bastante interessados em utilizar o Porto de Cabedelo como sua base no Nordeste. “Na oportunidade, diversos empresários se interessaram pelo programa de cabotagem do porto, já que o uso das malhas rodoviárias consome grande quantitativo de recursos, que poderiam ser investidos em outras demandas”, explica Paquet, lembrando que 79% das mercadorias no Brasil são distribuídas pelas estradas, enquanto apenas 8% é transportada por cabotagem.
Para o presidente da Cia Docas, Wagner Breckenfeld, a atual conjuntura de proteção ambiental e redução de gastos levam o investidor a apostar no transporte de cabotagem e o Porto de Cabedelo traz diversos atrativos, visto que além da excelente localização para ser base de escoamento de carga para todo o Nordeste, também apresenta um grande investimento em infraestrura. “Estamos investimento em nossa dragagem, equipamentos, construção de novos silos. Tudo isso também se apresenta como um forte atrativo”, destacou Breckenfeld, lembrando que o porto poderá se tornar um pólo de concentração também de cargas do mercado do Cone Sul, visto que os terminais gaúchos de Pelotas e Rio Grande, com quem Cabedelo tem negociado a Cabotagem, são vias naturais de escoamento de cargas argentinas e uruguaias.
Fonte: Paraíba.com.br
PUBLICIDADE