O Porto de Itajaí (SC) recebeu uma nova licença ambiental de operação (LAO 1386/2025), válida por 48 meses, concedida pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). A Autoridade Portuária de Santos (APS), que assumiu o porto em janeiro de 2025, destacou que, diferente de uma simples renovação, a licença incorpora uma abordagem ampliada, com 16 programas ambientais que envolvem ações como o monitoramento contínuo da qualidade da água do Rio Itajaí-Açu, análises trimestrais de sedimentos, e o uso de drones para acompanhar a dispersão de sedimentos durante a dragagem de manutenção.
Essa atividade utilizará Polígonos de Disposição Oceânica (PDOs) com capacidade para até 31,4 milhões de m³ de sedimentos, assegurando a operação do canal pelos próximos dez anos. Outras medidas, de acordo com a APS, incluem barreiras de contenção para granéis líquidos, controle de poeira em cargas sólidas e a ampliação do Plano de Emergência Individual (PEI), que garante resposta rápida a eventuais incidentes ambientais. O plano também prevê ações de educação ambiental com comunidades locais e trabalhadores do porto.
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O superintendente de meio ambiente da APS, Sidnei Aranha, ressaltou que a licença reflete o alinhamento entre as metas de expansão logística da APS e o compromisso com critérios ambientais rigorosos. O presidente da APS, Anderson Pomini, destacou o esforço conjunto das equipes de Santos e Itajaí para concluir o processo em apenas quatro meses, já em sintonia com a expectativa de aumento da movimentação de cargas.
Os primeiros resultados da nova gestão incluem um aumento de 125% no faturamento nos primeiros 100 dias, totalizando R$ 50 milhões, e arrecadação de R$ 900 mil em ISS para o município. Segundo João Paulo Tavares Neto, superintendente do Porto, o movimento intenso de navios cargueiros e a melhor temporada de cruzeiros da história consolidam o impacto positivo da atual fase do terminal na economia local.