Dos dez portos brasileiros que exportam granéis sólidos, o Porto de Paranaguá movimenta mais de 30% das exportações brasileiras, ficando a frente dos portos de Rio Grande e Santos.
O Porto de Paranaguá é responsável pela exportação de 34% de todos os granéis sólidos exportados pelo Brasil. O Porto ocupa a liderança nacional nas exportações deste tipo de produto, sendo seguido pelo Porto do Rio Grande, responsável por 23% das exportações de granéis sólidos e, em terceiro lugar, está o Porto de Santos, que exporta 20% dos granéis sólidos brasileiros.
Os números compõem uma tabela organizada pelos operadores portuários para mapear as exportações de granéis nos dez portos brasileiros que fazem este tipo de operação: Paranaguá, São Francisco, Vitória, Ponta da Madeira, Cotegipe, Ilhéus, Itacoatiara, Santarém, Santos e Rio Grande. A planilha, atualizada três vezes por semana, compila todos os embarques programados de granéis nos portos mapeados e leva em conta os navios atracados, os esperados (que já se encontram nos portos) e os nomeados (que estão programados para chegar).
Na programação entre os dias 5 e 20 de maio, Paranaguá aparece com 34% de toda a exportação de granéis. No entanto, a liderança vem se mantendo constante desde o início do ano, sempre com média de 30% das exportações totais.
Para o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, os números demonstram a retomada da confiança dos exportadores em Paranaguá e a recuperação de cargas pelo Porto. “Os projetos de melhorias já anunciados e em andamento, assim como a realização da dragagem dos berços, tem contribuído para a retomada da posição de destaque do Porto de Paranaguá no cenário nacional das exportações de granéis. Estamos tendo um ano bastante positivo na exportação deste tipo de produto e temos trabalhado para vencer as dificuldades e driblar as deficiências”, explica.
Considerando os produtos de exportação separadamente, o Porto de Paranaguá vai exportar, entre os dias 5 e 20 de maio, 29% de toda a soja brasileira, enquanto Rio Grande vai escoar 24% do produto e Santos, 22%. Já o farelo se soja, o Porto de Paranaguá figura como líder absoluto, sendo responsável por 67% das exportações, contra 8% de Santos e 1% de Rio Grande.
De acordo com o superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, Airton Vidal Maron, o bom desempenho do Porto, aliado ao recorde de exportação de soja registrada no mês de abril – que superou o recorde histórico de 2004 – explicam a formação das filas ao longo da BR 277.
“Uma conjunção de fatores tem contribuído para que tenhamos episódios de fila na BR 277. Mais de 30% das cargas a granel saem por Paranaguá e a grande maioria disso chega de caminhão. Aliado a isso, estamos trabalhando com um terminal a menos, que representa cerca de 10% da nossa capacidade estática de armazenagem e recebimento de caminhões”, explica.
Fora isso, Maron ressalta que ainda há problemas com caminhões sem cadastro que chegam ao pátio de triagem e o acúmulo dos contratos do mês de março e abril, de cargas que atrasaram para embarcar devido ao grande período de chuvas. “A fila é causada por esta conjunção de fatores e estamos trabalhando para tentar minimiza-la. Em médio prazo já estamos estudando projetos de ampliação do pátio de triagem, para mais caminhões e também alternativas, que permitirão os embarques de granéis inclusive com chuva”, explica.
Fonte:Export News
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