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Porto de Santos assina novo contrato para dragagem do canal

A Dragabras Serviços de Dragagem será a responsável pela manutenção das profundidades do canal do Porto de Santos pelos próximos 12 meses. Executivos da empresa e da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária) assinaram, na última segunda-feira (10), o contrato para a realização da obra. Técnicos da estatal e da firma devem se reunir ainda esta semana para definir o cronograma dos trabalhos.

As informações são do diretor de Engenharia da Codesp, Antonio de Pádua Andrade. Segundo ele, a expectativa é de que as obras comecem logo após o encerramento do contrato com a Van Oord Operações Marítimas, que expira no próximo sábado.


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Para isso, já foi expedida uma pré-autorização para a mobilização dos equipamentos da Dragabras. “Temos uma informação de que a draga está no Rio de Janeiro, mas ainda precisamos confirmar esse e outros detalhes. Por isso, faremos uma reunião para definir também o cronograma dos trabalhos e darmos a ordem de serviço”, destacou Pádua. Esta reunião deve ocorrer amanhã ou sexta-feira.

Segundo o diretor de Engenharia, as obras serão iniciadas pelo Trecho 1 do canal de navegação, que vai da Barra de Santos até o Entreposto de Pesca. Este é o local com maior índice de assoreamento (deposição de sedimentos) no cais santista e, por este motivo, é o que concentra os maiores esforços para a manutenção da profundidade.

“Também há um trecho próximo ao terminal da BTP (Brasil Terminal Portuário, que fica na Alemoa) que também merece atenção, por causa de uma pequena elevação relatada pelo capitão dos portos (capitão-de-mar-e-guerra Alberto José Pinheiro de Carvalho)”, explicou Pádua.

De acordo com as especificações do contrato, a Dragabras deverá utilizar uma draga tipo Hopper, de sucção, autotransportadora e que possa retirar 20 mil metros cúbicos de sedimentos ao dia.

O projeto da Autoridade Portuária prevê a extração de até 4,3 milhões de metros cúbicos de lama do fundo do canal no período de um ano.

Contratação

A Dragabras venceu a licitação da dragagem do Porto ao apresentar um lance de R$ 72 milhões para a execução da obra, fundamental para garantir a profundidade do canal de navegação e, consequentemente, a competitividade dos terminais que operam no cais santista. A Docas estimava gastar R$ 116,9 milhões no serviço.

A empresa integra o Grupo Deme, que atua no Brasil desde 1996, mas possui décadas de experiência em obras de dragagem, aterro e Engenharia Hidráulica. A firma tem sede no Rio de Janeiro e ainda oferece serviços no ramo ambiental (incluindo remediação de contaminação industrial), em construções marítimas (como fundação e instalação de parques eólicos offshore) e na extração marítima de agregados.

O contrato assinado na última segunda-feira terá uma cláusula rescisória, a ser acionada caso a União defina a licitação realizada no ano passado pela extinta Secretaria de Portos (SEP, hoje incorporada pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil).

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