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Navalshore

Porto do Pecém terá novos guindastes

Estão perto de um final feliz as negociações que a Cearáportos mantém com a multinacional Maersk, gigante mundial da navegação, cujos navios fazem escala semanal no Porto do Pecém. Essas tratativas têm um objetivo: dotar o Terminal de Múltiplo Uso (Tmut) do Pecém de dois "portainers" - gigantescos e modernos guindastes que movimentam contêineres.

Ontem, ao meio-dia, no estande da Maersk na Fruit Lojista, maior feira de frutas do mundo, que se realiza nesta capital, reuniram-se Waldir Frota Sampaio, diretor de Infraestrutura e Desenvolvimento Operacional, e Francisco Gomes Oliveira, diretor de Desenvolvimento Comercial da Cearáportos, e Thiago Covre, gerente de Linhas para a América Latina da Maersk.

Ao final da reunião, os três confirmaram que, "muitos brevemente", o porto do Pecém receberá os dois "portainers". Com eles, a produtividade do Tmut dará um salto.

Esses guindastes têm capacidade, cada um, de movimentar de 60 a 70 contêineres por hora. Os atuais guindastes que operam no Pecém - do tipo MHC - movimentam no máximo 30 contêineres por hora.

Contrato

"Nossa expectativa é de que, na próxima semana, a do Carnaval, deveremos fechar o contrato com a Maersk para a instalação dos dois guindastes no Terminal de Múltiplo Uso", anunciou Waldir Frota Sampaio. "Acho que dará certo", confirmou o executivo da Maersk, Thiago Covre.

A importação e a instalação desses equipamentos serão feitas pela empresa APM, uma operadora portuária controlada pela Maersk, que opera no Pecém.

Por sua vez, o diretor comercial da Cearáportos, Francisco Gomes Oliveira, também transmitiu boas notícias. A primeira foi que a empresa construiu uma área especial para o abrigo dos contêineres vazios. No ano passado, pela inexistência dessa área, grande parte da safra de frutas foi exportada por outros portos, como Mucuripe e Natal, o que reduziu a movimentação de carga e a receita da empresa.

Movimentação

"Pecém vai movimentar, neste ano, 5,5 milhões de toneladas de carga de importação e de exportação, número bem maior do que os 4,1 milhões de toneladas movimentadas em 2012", estima, prevendo ainda o incremento da importação de clínquer pela fábrica da Companhia de Cimento Apodi, no município de Quixeré, na Chapada do Apodi.

"Teremos a importação de um milhão de toneladas só de clínquer para as cimenteiras da Apodi e da Votorantim", disse.

Fonte: Diário do Nordeste






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