O Porto do Recife recebeu nesta segunda-feira (22) alunos do curso de Engenharia Naval da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para dar continuação ao Projeto de Extensão Tecnológica (PET), programa ligado à Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). O intuito das visitas é conhecer mais sobre o ancoradouro recifense e desenvolver, ao longo de quatros meses, um código computacional para o cálculo das forças atuantes na amarração de navios e defensas portuárias.
"O projeto desenvolvido pela turma vai calcular os esforços nas amarras, cabeços e defensas. Com isso, é possível avaliar o que o porto precisa e identificar, na infraestrutura portuária, quais são os possíveis problemas e melhorias necessárias", explicou Mônica Souza, assistente técnica da Coordenadoria de Gestão Ambiental e de Segurança e Saúde no Trabalho.
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O grupo de estudantes, acompanhado dos professores da UFPE Cesar Augusto Salhua e Miguel Celis, se reuniu com a equipe de Operações e Engenharia do ancoradouro. No encontro, os alunos fizeram uma visita técnica no cais e puderam tirar dúvidas sobre o funcionamento do porto, a logística da atracação das embarcações, além de entender melhor como funciona o tipo de defensas utilizadas nos cais; equipamentos feitos para impedir que os navios, barcos e outro tipo de embarcações navais colidem umas contra as outras ou contra as docas, cais e molhes.
“Vamos elaborar o código com os alunos de Engenharia Naval e Mecânica para que a equipe de Engenharia e Operações do ancoradouro possa projetar o que aconteceria nas defensas e nos cabeços quando um navio chega. Com o código é possível calcular as forças ambientais produzidas pela correnteza e pelo vento, por exemplo”, explicou o professor Cesar Augusto Salhua.
A atividade faz parte do Acordo de Cooperação Técnica feito entre o Porto do Recife e a Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia & Inovação (Secti), em abril deste ano, com objetivo de transformar o ancoradouro em um hub de inovação e ampliar o intercâmbio de conhecimentos com a comunidade acadêmica. Nos próximos meses, o porto se transformará em um laboratório vivo para o desenvolvimento e experimentação de novas soluções e realização de pesquisas científicas.
“O projeto desenvolvido pelos alunos da UFPE é uma excelente oportunidade de aproximar a academia do Porto do Recife. É uma via de mão dupla, enriquecendo o conhecimento dos alunos e transformando o ancoradouro em referência de inovação no setor portuário”, comemorou o presidente do ancoradouro, José Lindoso.
"O Programa de Extensão Tecnológica (PET) é decisivo na formação de pessoas nas habilidades de futuro. E está inteiramente alinhado ao trabalho multidisciplinar e de vanguarda desenvolvido a partir do Acordo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e o Porto do Recife, que colocará o ancoradouro em posição de referência nos setores logístico e portuário quando o assunto é fomento à inovação e a novas tecnologias que resultem em competitividade, inteligência e melhor prestação dos serviços”, destacou o secretário estadual de Ciência, Tecnologia & Inovação, Lucas Ramos.