O Porto do Rio de Janeiro ampliou sua capacidade de operação. Foi finalizada a primeira etapa de dragagem do terminal, na última sexta-feira (2). A informação é da Secretaria dos Portos, que prepara a segunda fase da obra e anunciou uma licitação de R$ 95 milhões para 2012. A meta é aumentar a profundidade do canal, de 15 metros para 17 metros.
De acordo com a Companhia Docas do Rio de Janeiro, com a segunda etapa da dragagem, o Porto do Rio poderá movimentar até 2 milhões de contêineres por ano até 2020 - número superior aos 400 mil contêineres que passaram pelo terminal em 2010. Neste ano, com aumento do calado de 13 metros para 15 metros, o volume de carga também tende a ser maior.
Entre os benefícios do aprofundamento do terminal está a redução do preço do frete cobrado pelos navios, já que o porto poderá receber embarcações maiores. Segundo o engenheiro naval Marcos Nicoletti, consultor em dragagem, o valor não cai imediatamente porque depende de fatores como a concorrência, mas a escavação permite ao menos que embarcações maiores atraquem.
A primeira fase da dragagem do porto durou cerca de um ano e consumiu R$ 138,8 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A obra foi feita pelo grupo holandês Van Oord. O terminal poderá receber agora navios com até 8 mil contêneires, 3 mil a mais do que anteriormente.
Segundo Nicoletti, outra vantagem da obra no local são os custos da dragagem e da manutenção do calado do Porto do Rio. Por estar localizado na Baía de Guanabara, onde a sedimentação é do tipo lama, que gera menos assoreamento e é mais fácil de ser retirada do que a areia, comum nos terminais de Santos (SP), Vitória (ES) e Paranaguá (PR), por exemplo.
"A lama, mais comum em portos de baía, é mais fácil e mais barata de dragar do que a areia, proveniente da sedimentação de portos em boca de rio”, como é o caso dos portos citados.
Para adequar o Porto do Rio às exigências da Vigilância Sanitária, a Secretaria dos Portos também anunciou que o terminal participará de um projeto com mais 21 terminais para coleta e descarte de resíduos sólidos. Serão destinado ao programa R$ 125 milhões em três fases.
Fonte: Agência Brasil
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