O terminal privativo da Portonave (SC) retomou, na última segunda-feira, as operações da câmara frigorífica Iceport, que integra as instalações portuárias da empresa e foi destruída por um incêndio ocorrido em novembro de 2009. A Iceport funciona como um armazém vertical automatizado para consolidação de cargas refrigeradas - principalmente carne de aves, suínos e bovinos -, que depois são embarcadas no navio. As exportações desse tipo de produto representam cerca de 50% do que sai pela Portonave. A reconstrução da unidade a partir do zero consumiu R$ 30 milhões.
Com área total de 50 mil metros quadrados, capacidade estática para 18 mil toneladas e giro anual capaz de atingir 900 mil toneladas, a retomada dos trabalhos na Iceport deve aumentar a fatia de movimentação das cargas refrigeradas na Portonave, explica o superintendente administrativo do terminal, Osmari de Castilho Ribas, sem mensurar quanto. "Vai depender da demanda", disse o executivo.
"Começamos com uma operação assistida, porque é uma readaptação. Acreditamos que no segundo semestre tenhamos condições de operar a plena capacidade", completou o superintendente. Durante as obras, a Portonave deixou apenas de fazer o serviço de consolidação das mercadorias, mas continuou atendendo a demanda por meio das tomadas para carga reefer no terminal. Na época, os acordos comerciais que envolviam a Iceport foram interrompidos. "Deixamos de oferecer um diferencial que era a integração."
De acordo com Ribas, houve alguns "ajustes" em relação à versão original da câmara. Os atuais equipamentos são mais velozes e consomem menos energia e a área de carga e descarga foi ampliada em 300 metros quadrados, totalizando 1.800 metros quadrados. Houve ainda a substituição de um isolante térmico que economiza energia para manter a temperatura a 25 ºC negativos. Além do ambiente de câmaras, a Iceport conta com três túneis para resfriamento de carga, a uma temperatura média de 35 ºC negativos.
Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires | Para o Valor, de Santos
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