A defasagem tecnológica e o estrangulamento da capacidade de movimentação de cargas nos portos baianos têm como resultado mais visível a exportação de parte da produção local através portos de outros estados, com perda de empregos, renda, serviços e arrecadação para o estado. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, empresários da Bahia exportaram por via marítima o equivalente a 5,2 milhões de toneladas no primeiro semestre. Do total, 1,4 milhão de toneladas - 27,3% - saíram por 16 portos do país.
O Porto de Salvador, citado pelo candidato tucano à Presidência, José Serra, como "engarrafado e superado", movimentou 1,6 milhão de toneladas de produtos exportados entre janeiro e junho. Único do estado voltado para o transporte de cargas por contêineres, o porto possui apenas um berço de atracação de 220 metros, e tem um calado (profundidade) de 12 metros, insuficiente para embarcações de grande porte.
" É preciso investimentos além das ações de caráter emergencial "
Como nos últimos cinco anos o movimento de cargas praticamente dobrou, o porto, que possui capacidade de movimentar 250 mil contêineres por ano, está próximo do limite. Em 2009, foram 220 mil contêineres.
Segundo o presidente da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), José Rebouças, parte dos problemas será solucionada. Nesta sexta-feira, o Diário Oficial da União publicou resolução da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autorizando a ampliação da Ponta Norte do porto. Também está prevista a ampliação do calado para 15 metros. A dragagem começa segunda-feira. Os empresários, porém, classificam as ações como paliativas.
- É preciso investimentos além das ações de caráter emergencial - diz o presidente da Associação Comercial da Bahia, Eduardo Morais de Castro.
Fonte: Agência A Tarde
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