A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) anunciou nessa quarta-feira (2) que os portos brasileiros movimentaram 1,21 bilhão de toneladas de cargas em 2021. Com isso, os carregamentos em terminais públicos e privados registraram crescimento de 4,8% ano passado, frente ao acumulado em 2020.
“São números muito positivos, que mostram o sucesso do programa de arrendamento e do programa BR do Mar, que mostra todo o potencial do nosso setor de cabotagem que pode ser ainda mais alavancado", disse o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery.
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Durante o balanço da Antaq, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, comemorou o crescimento da movimentação de cargas nos portos. “Quando o setor produtivo precisou de uma resposta, o setor portuário deu essa resposta”, disse ele, ao criticar a onda de pessimismo em relação à economia brasileira.
Um dos segmentos de carga de maior expansão em 2021 foi o de contêineres, que contou com o incremento de 11,3% no ano passado, alcançado 60,1 milhões de toneladas. A movimentação de contêineres representa 11% de todo o volume de cargas movimentadas nos portos brasileiros.
A carga de granel sólido, que tem participação de 58%, aumentou 1,8% em 2021 frente a 2020. Ao todo, o setor movimentou 703,6 milhões de toneladas. Já a carga de granel líquido alcançou 313,7 milhões de toneladas transportadas. Isso representou expansão de 8% frente a 2020.
Carga geral solta teve alta de 11% ano passado, alcançando 60,1 milhões de toneladas -- essa categoria tem participação de 5% na movimentação de todos os portos brasileiros. Minério de ferro movimentou 370,4 milhões de toneladas em 2021, com alta de 4% em relação a 2020. Esse produto responde pelo maior volume de carga movimentada nos portos brasileiros.
Para 2022, a Antaq projeta a movimentação de 1,239 bilhão de toneladas, com expansão de 2,4% sobre 2021. Em 2026, a expectativa da agência é que o setor portuário nacional movimente 1,402 bilhão de toneladas contra 1,360 bilhão de toneladas em 2025.
Origem x destino
Estudos da Antaq mostram que 51% do que o Brasil exporta pela navegação de longo curso vão para China. Nas importações, os principais parceiros comerciais são os Estados Unidos (24%), China (11%), Rússia (7%) e Argentina (6%).
Fonte: Valor