Nesta terça-feira, 26/07, segundo dia do 2° Encontro Anual da IBC sobre Infraestrutura para a Copa, realizado no Hotel Pullman Ibirapuera, em São Paulo, o Painel “Status e Cumprimento do Cronograma das Obras dos Aeroportos, Rodovias e Portos nas cidades que irão abrigar os Jogos do Mundial”, contou com a participação de André Castro Carvalho, assessor jurídico da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e Tiago Pereira Lima, diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Por motivos de saúde, Ricardo Alexandre Gois Ferreira, superintendente de obras da Infraero, que discursaria sobre a situação dos aeroportos, não compareceu ao evento.
Sobre a situação dos portos, segundo Tiago Pereira Lima, até a Copa serão investidos nos portos públicos brasileiros R$740,7 milhões. “É muito pouco se comparado ao que será investido em aeroportos, por exemplo, somente o Aeroporto Internacional de Guarulhos receberá mais de R$900 milhões. Além de baixo, o investimento se concentrará nos terminais de passageiros”, afirmou.
Ao todo, sete portos foram escolhidos para receber recursos federais para o Mundial: Manaus, Fortaleza, Natal, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Santos. Os dois últimos são, segundos os dados apresentados por Lima, os que receberão maiores cifras: R$119 milhões e R$314 milhões, respectivamente. “Uma das principais metas com o investimento é a maior oferta de leitos fora dos hotéis, para evitar a super oferta hoteleira após 2014”, afirmou. Lima chamou a atenção para o legado que estes investimentos deixarão para o turismo . “O legado está mais do que caracterizado no caso dos portos. Houve um atraso, de décadas até, mas houve também um despertar muito grande na indústria naval. Nos últimos anos o governo tem investido pesado, principalmente na parte de cargas, o que acaba beneficiando o turismo”, finalizou.
De acordo com André Castro Carvalho, a situação da infraestrutura das rodovias, o Brasil se encontra em uma posição até pior do que a África do Sul apresentava em 2010 antes da Copa. “O Brasil assumiu duas obrigações – Copa e Olimpíadas – o que vai demandar muito investimento em infraestrutura, e este é o grande desafio da iniciativa privada”, afirmou. Segundo dados apresentados por Carvalho, o país é o 13° em rodovias pavimentadas e o 20° no percentual de rodovias/pavimentação, e ainda de acordo com ele existe um imenso potencial de desenvolvimento do setor, principalmente em Estados que não contam com rodovias em concessão.
Hoje o Brasil tem 54 contratos de concessão, em cerca de 15 mil quilômetros, sendo que o país tem a quarta maior malha rodoviária do mundo, com 1,610 milhão de quilômetros. “Percebemos uma mudança de cenário, a de levar as concessões para outros Estados”, afirmou Carvalho. Para o assessor jurídico, as rodovias de cinco das 12 cidades-sedes do Mundial não foram privatizadas, o que preocupa o setor pela qualidade do transporte, são elas: Brasília, Cuiabá, Fortaleza, Manaus e Natal. De acordo com Carvalho, as rodovias federais são as que mais necessitam de investimento.
Fonte:Mercado e Eventos/ Lidiane Ferreira
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