O governo vai investir R$ 677 milhões na modernização de sete portos brasileiros para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Com as obras, navios de passageiros poderão ser usados como hotéis flutuantes. "Nós vamos privilegiar as cidades-sede e queremos que os navios sejam uma alternativa para o setor hoteleiro. Isso está sendo usado na África do Sul", disse hoje (27) o assessor da Subchefia de Articulação e Monitoramento da Casa Civil Roberto Garibe.
Garibe explicou o plano em uma palestra sobre a Copa de 2014 na 28ª reunião do Conselho Nacional de Turismo, em Brasília. Ele expôs a programação de investimentos do governo para preparar portos e aeroportos para os dois principais eventos esportivos do mundo. No setor hoteleiro, estão previstos investimentos de R$ 16 bilhões até 2017, um ano depois das Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Sete portos serão beneficiados com obras de terminais de passageiros, complementares aos serviços de dragagem previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Santos, Rio de Janeiro e Manaus. A capital fluminense receberá a maior fatia dos recursos - R$ 299 milhões. Mas, segundo Garine, há negociações para que investidores privados assumam os custos.
Quanto aos aeroportos, os investimentos públicos já foram aprovados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Sila e, de acordo com Roberto Garibe, totalizam R$ 4,4 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhão do PAC 1 e R$ 3 bilhões do PAC 2, a serem aplicados em 14 aeroportos das 12 cidades-sede da Copa.
Esse valor é menor do que o previsto inicialmente no lançamento do PAC (R$ 5,3 bilhões) e foi estabelecido com a definição de ações essenciais a serem realizadas para deixar os aeroportos em condições de atender a demanda. São esperados 380 mil turistas. Dos recursos previstos, 60% virão da Infraero e 40% da União.
Roberto Garibe disse que representantes dos governos estaduais e prefeituras envolvidos na realização da Copa do Mundo deverão vir a Brasília para assinar o complemento da Matriz de Responsabilidades que foi assinada por todos no início do ano, definindo as obrigações da União e dos estados e municípios envolvidos na organização da competição.
Fonte: Jornal do Commercio (RS)/Agência Estado
PUBLICIDADE