Os órgãos de Gestão de Mão de Obra dos terminais marítimos do Recife e de Suape têm até fevereiro para implementarem por completo o sistema de escalação eletrônica dos trabalhadores, conforme um acerto coletivo firmado junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Ao invés de precisarem se dirigir ao Porto do Recife em horários pré-determinados para saber se vão trabalhar em algum dos dois locais, eles terão acesso ao sistema pela internet ou celular. O acordo vai beneficiar cerca de duas mil pessoas. Hoje, o mecanismo está em fase de testes para os 75 conferentes cadastrados, mas ainda não é possível acessá-lo pelo aparelho telefônico.
“O modelo fará com que o trabalhador possa se organizar. Como o programa já existe, não há motivo para não ser implantado”, disse o procurador chefe do MPT em Pernambuco, Fábio Farias, acrescentando que as partes envolvidas no processo serão chamadas caso o acordo não seja cumprido. “As únicas dificuldades são os critérios de rodízio dos próprios sindicatos, que rodam em paralelo à escala geral. De qualquer forma, quem não tiver acesso à internet poderá continuar fazendo a verificação fisicamente”, afirmou o diretor Executivo do Órgão de Gestão de Mão de Obra do Porto de Suape (Ogmo Suape), João Poggi.
Os conferentes foram escolhidos como primeiros beneficiários porque estão em menor número. São 47 registrados no Ogmo Recife e 28 no Ogmo Suape. Após a implantação para esta função, o sistema chegará aos trabalhadores da estiva e, por último, da capatazia. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços Portuários de Pernambuco (SindPorto-PE), Severino Francisco dos Santos, é cedo para avaliar se o sistema dará certo. “Só vamos saber como funciona na prática. Enquanto isso, a presença no local de escala é obrigatória. O registro é feito como se fosse um cartão eletrônico”, apontou.
Fonte: Folha de Pernambuco(PE)/AUGUSTO LEITE
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