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Projetos engatilhados


CDRJ espera posição da SEP para licitação de quatro novos arrendamentos. Rio está no 3º lote dos certames - Quatro projetos de novos arrendamentos estão à disposição do governo para ser licitados no Rio de Janeiro. O presidente           da Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro (CDRJ), Jorge Luiz de Mello, confirmou a possibilidade de destinar essas áreas para supply, carga geral não conteinerizada e trigo, além do terminal de líquidos Tequimar, cujo contrato está vencido.

Atualmente, a operação de trigo no porto do Rio acontece por meio de descargas diretas. Entretanto, Mello explica que as obras na zona portuária da cidade modificarão o tráfego de caminhões na região, o que demandou novo planejamento da operação desta carga no porto. Ele destaca que o porto do Rio já se destaca pela movimentação da carga de alto valor agregado, incluindo contêiner, veículos e produtos da indústria de transformação.

O presidente da CDRJ concorda que a nova lei possui características de centralização das decisões sobre os arrendamentos pelo governo federal. Mello defende que as companhias docas precisam ter capacidade de se autoadministrar e ter fonte de receita. Segundo ele, a improdutividade, a falta de capacidade e o tempo de espera são os principais gargalos para os portos.

Ele revela que novos contratos de arrendamento estão na prancheta, mas diz que a CDRJ não possui poder decisivo em relação a eles, sendo o porto apenas “passador de informação” para a Secretaria de Portos (SEP) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O estudo de viabilidade econômica e os editais são de responsabilidade da SEP, enquanto a Antaq organiza a licitação. Antes eram as administrações portuárias que organizavam esses certames.

Outro projeto pronto na CDRJ é o da chamada “Área do Meio” do porto de Itaguaí. De acordo com Mello, esse projeto sofreu impacto enorme com abertura dos terminais privativos para operar qualquer tipo de carga. “Isso ofereceu para o mercado uma capacidade que não existia. Então o estudo de demanda tem que ser redesenhado porque a capacidade de extrair o minério nas reservas depende de um conjunto de investimentos ou planejamento com tempo de maturação imenso”, observou Mello em agosto, durante o Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), no Rio de Janeiro.

Hoje, a produção de minérios do norte do quadrilátero ferrífero mineiro escoa para Vitória (ES), enquanto as minas do lado sul escoam a produção para o Rio de Janeiro. No Rio, operam dois terminais da Vale com capacidade de 25 milhões: um na Ilha de Itacuruçá e outro dentro do porto de Itaguaí. Lá, a CSN opera o terminal Tecar, cuja capacidade é de 40 milhões de toneladas. Além desses empreendimentos, existe o porto Sudeste do grupo EBX, prestes a entrar em operação, e que terá 50 milhões de capacidade.

O presidente da CDRJ considera importante só colocar o projeto na rua se a revisão de estudo de oferta e demanda concluir que existe espaço nesse mercado. “É preciso pegar a quantidade já existente, contra a demanda da capacidade de produção. Para verificar se é preciso ter esse terminal ou não. Senão vamos colocar um terminal no mercado que, ou não vai aparecer nenhum interessado, ou vai aparecer um interessado que depois não vai performar”, analisa.



Yanmar

      GHT    Antaq
       

 

 

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