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Pronto para próxima década

Complexo portuário do Pecém completa 10 anos de operação e com projetos para quintuplicar movimentação até 2016

Um dos principais portos do país completou uma década de operação no último dia 28 de março. Na mesma data em 2002, o complexo portuário do Pecém (CE) iniciava suas atividades com serviços de navios porta-contêineres nas rotas dos Estados Unidos, América do Sul e Caribe. Após a inauguração do novo cais do porto, o terminal de múltiplo uso (Tmut), em 2011, a capacidade de carga do porto poderá ser até quintuplicada nos próximos anos. A expectativa é de que o porto opere em torno de 750 mil a 800 mil TEUs por ano com o novo terminal.

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A Cearáportos, que administra o porto, possui como meta consolidar-se na exportação de pescados, frutas e calçados. Em 2012, o porto também assumiu a liderança na importação de cimentos não pulverizados (clinkers), com participação de 47%, seguido pelos portos de Santarém com 15% e Suape, em Pernambuco, com 10%.

O terminal de uso múltiplo possui 760 metros de extensão e 115 metros de largura. Possui dois berços de atracação com 17 metros e pátio de estocagem com 85 mil metros quadrados. Em 2011, também foi inaugurado o sistema ecológico de transporte de minérios, com seis quilômetros de correias transportadoras.

Com o Tmut, o objetivo é que o porto seja um concentrador de cargas. Ao todo, o governo do Ceará desembolsará mais de R$ 2 bilhões até 2016 na ampliação do porto, R$ 420 milhões já foram investidos no Tmut. Os recursos são provenientes do governo do estado e de parceiros privados.

Na segunda fase, serão investidos R$ 560 milhões para a construção de uma nova ponte, de 1.560 metros, com plataforma de 32 metros. A ponte servirá para o trânsito de veículos que transportarão placas da siderúrgica e da tubovia da refinaria da Petrobras. Nesta etapa, que já teve a licitação concluída, serão construídos mais dois berços, na mesma linha contínua ao Tmut, para atender às demandas de exportação de placas da siderúrgica. A previsão é de que as obras durem 30 meses, após a liberação da licença ambiental.

Na etapa final, quando a demanda da siderúrgica estiver plena, será construído o terceiro berço. O porto também ganhará nesta etapa um novo quebra-mar, de aproximadamente 2,8 mil metros, cujo objetivo será abrigar a execução de mais cinco berços para atender à demanda da refinaria da Petrobras e outros dois berços que atenderão às demandas da ferrovia Transnordestina.

De acordo com a Cearáportos, o terminal portuário do Pecém oferece vantagens competitivas importantes para a logística do mercado globalizado. A administradora do porto destaca a localização geográfica privilegiada, menor tempo de trânsito para os principais mercados importadores, infraestrutura de acesso terrestre e localização fora dos grandes centros urbanos e custos operacionais reduzidos.

O complexo industrial e portuário do Pecém (CIPP) foi projetado para empreendimentos de grande porte: siderúrgica, termelétricas, refinaria e indústrias-satélites. Dentre as condicionantes ambientais para a construção do porto, foi feito um cinturão verde com três mil hectares de dunas e vegetação que separa o terminal da área industrial, onde existe ainda uma estação ecológica e duas áreas de proteção ambiental.

 

No primeiro trimestre de 2012, 110 navios passaram pelo Pecém, o que representa uma média mensal de aproximadamente 37 embarcações. A previsão é que o terminal portuário cearense eleve sua produção em 15% em 2012. No ano anterior, a movimentação atingiu 3,4 milhões de toneladas. Em 2002, ano de sua inauguração, foram transportadas através do porto do Pecém, 331 mil toneladas de mercadorias — número que dobrou no ano seguinte, com 694 mil toneladas movimentadas.

Nos três primeiros meses de 2012, foram movimentadas 869 mil toneladas de mercadorias no porto, o que representa alta de 29% considerando o mesmo período de 2011, quando foram movimentadas 676 mil toneladas. O movimento nas importações registrou 660 mil toneladas, enquanto as exportações contribuíram com 209 mil toneladas.

O porto cearense manteve a liderança na exportação de frutas e calçados, ficando na segunda colocação na importação de produtos siderúrgicos. Nos três primeiros meses de 2012 o Pecém registrou participação de 30% na exportação de frutas, seguido pelos portos de Parnamirim, com 24 e Santos, com 11%. Na exportação de calçados a participação do Pecém foi de 38%, seguido pelos terminais de Rio Grande, com 21% e Santos, com 18%.

O porto do Pecém assumiu a liderança na importação de cimentos não pulverizados (clinkers), com participação de 47%, seguido pelos portos de Santarém com 15% e Suape, em Pernambuco, com 10%. Na importação de produtos siderúrgicos, o porto do Pecém ficou em segundo lugar, com 21%, seguido pelo porto de Santos (14%). As importações dessa carga são lideradas pelo porto de São Francisco. Os dados constam em relatório da Secretaria do Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

 

O Conselho Gestor do Pecém reuniu-se em 12 de abril para apontar gargalos do polo industrial e portuário. No total, foram listados 17 entraves. Os principais são a necessidade de integração dos vários órgãos que atuam no complexo. O relacionamento do porto com os municípios de Caucaia e são Gonçalo do Amarante é também um entrave, já que os planos diretores dos três não convergem.

Drenagem e saneamento básico, coleta de efluentes industriais, instalação de rede hospitalar, estrutura habitacional e criação de um plano global de telecomunicações são outros dos itens elencados pelo conselho.

 

A tancagem da Petrobras, hoje localizada próxima ao porto do Mucuripe, assim como a refinaria de lubrificantes e asfalto da empresa em Fortaleza, a Lubnor, serão transferidas ao Complexo até o fim de 2014. A mudança foi garantida ao governador Cid Gomes pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. A transferência da tancagem da estatal para o Pecém já era planejada há algum tempo, mas as projeções não apontavam para a execução da mudança dentro deste novo prazo. Além da parte da Petrobras, também serão transferidas as tancagens das outras empresas que hoje ocupam a região do Mucuripe.

 

Pecém contará em breve com o Centro de Treinamento Técnico do Ceará (CTTC). Inicialmente prevista para o próximo dia 1º de maio, o CTTC depende de acabamentyo na estrutura física. Ao todo, serão cinco prédios, abrigando salas de aula, refeitório, auditório com capacidade para  275 lugares e laboratórios de refinaria, química, petroquímica, construção civil e eletromecânica.  O centro capacitará mão de obra local para atuar em projetos estruturantes que serão instalados no Ceará, como a refinaria Premium II e a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).



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