As empresas que estão chegando ao Nordeste já estão demandando investimento em mão-de-obra qualificada e em infraestrutura e logística
O crescimento do Nordeste e a atração de um novo tipo de empresas com alta tecnologia vai demandar um investimento maciço em mão-de-obra qualificada e em infraestrutura e logística, segundo analistas.
Sem esse tripé, o processo pode ser comprometido, de acordo com o consultor pernambucano da Multivisão na área de planejamento estratégico e desenvolvimento territorial, Sérgio Buarque.
Ele explicou que o diferencial de um território do ponto de vista do crescimento econômico são os fatores e vantagens relacionados à competitividade sistêmica, que engloba infraestrutura logística, qualificação e inovação tecnológica.
Em Pernambuco, por exemplo, as empresas já estão vislumbrando dificuldades em relação à capacitação da mão-de-obra, segundo o secretário executivo de Gestão do Desenvolvimento, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Roberto Abreu.
Mão-de-obra qualificada ainda é o maior fator dificultado do desenvolvimento do Nordeste, segundo Abreu. Ele explicou que, com a chegada de um volume muito grandes de empresas especializadas, é um desafio formar mais engenheiros e técnicos capacitados.
Integração
O Nordeste passou por várias tentativas de desenvolvimento e industrialização, mas nos últimos anos essa foi uma preocupação maior do Governo Federal na tentativa de impulsionar a região, segundo o professor da FEA/USP, Joaquim José Martins Guilhoto.
Segundo ele, para implementar esse processo é necessário analisar em quais as atividades o Nordeste poderia ter mais vantagens e dar o devido apoio para que se desenvolver.
Outra demanda entre os estados nordestinos é a integração através de portos, aeroportos e ferrovia. Para o coordenador do curso de economia Universidade de Salvador (Unifacs), Gustavo Casseb Pessoti, com infraestrutura e logística, a atratividade para a indústria se intensifica. O analista defende ainda que é necessário investir em parques tecnológicos para qualificar a mão-de-obra qualificada.
Além de grandes polos de desenvolvimento industrial, é necessário implementar também microrregiões de desenvolvimento, como o Cariri e Sobral, no Ceará, e o agreste Pernambucano.
Segundo o diretor de gestão do desenvolvimento do Banco do Nordeste (BNB), José Sydrião de Alencar Júnior, esse desenvolvimento regional é cada vez mais uma realidade. “Esse aumento no dinamismo é devido a um crescimento do mercado interno, com o aumento da renda das pessoas”. (Teresa Fernandes)
Como
ENTENDA A NOTÍCIA
Embora tenham atraído mais empresas de tecnologia de ponta, os estados nordestinos ainda não investem o suficiente em capacitação, o que pode fazer com que os empregos gerados não sejam ocupados pela população
Fonte: O POVO Online/OPOVO/Economia
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