Porto do Açu avança na construção do quebra-mar, para dar início às operações em junho deste ano - O quebra-mar do Terminal 1, terminal offshore do porto do Açu, ultrapassou os 50% das obras. A previsão é que no segundo semestre deste ano seja possível o trânsito de embarcações e o início da movimentação do Terminal 1 (T1). Até o momento foram implantados 1.592 metros do quebra-mar, de um total de 2.694 metros. Composto por 600 metros em pedras e o restante em blocos de concreto (caixões), a estrutura irá possibilitar a movimentação de embarcações nos nove píeres do terminal.
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Segundo a Prumo Logística, ex-LLX, controladora do porto do Açu, no total já foram assentados 18 blocos de concretos. Eles formam uma área abrigada, onde foi instalado o dique flutuante Mar Del Aneto, da empresa espanhola FCC, que produz o restante dos blocos no porto. O quebra-mar do T1 será composto por 47 blocos. Cerca de 100 pessoas estão envolvidas na operação.
Depois de retomar as obras de construção do porto do Açu e confirmar o início da operação do empreendimento para junho deste ano, a Prumo reforçou a equipe com a contratação de executivos reconhecidos no setor. A empresa anunciou a criação das Diretorias de Desenvolvimento, que será comandada por Marina Fontoura, e de Operações, sob o comando de Cristiane de Marsillac. Marina foi diretora da BRMalls, onde liderou mais de 20 aquisições, que somam US$ 2 bilhões. Já Cristiane é profissional com grande experiência em navegação e apoio offshore, adquirida em períodos na Hamburg-Süd, Bravante e Docenave. A nova Diretoria de Operações foi criada para atender ao início da operação do porto. Já a Diretoria de Desenvolvimento será responsável pela implementação de novos negócios e parcerias estratégicas para a Prumo.
Todas as mudanças refletem a nova fase da companhia, que desde fevereiro é comandada por Eduardo Parente, ex-MRS e McKinsey. Após aumento de capital de R$ 1,3 bilhão e mudança de controle para o Grupo americano EIG, a Prumo está capitalizada para dar continuidade à construção do porto do Açu. “Foi uma transição importante, criamos as condições financeiras, montamos um time de ponta e retomamos a velocidade da construção do porto do Açu. Estamos animados com a nova fase, temos todas as condições para o sucesso e começamos a operar dentro de poucos meses”, disse R. Thomas Blair, presidente do Grupo EIG.
A Prumo conta com R$ 2,2 bilhões em recursos novos disponíveis para realizar seus investimentos, considerando o aumento de capital de R$ 1,3 bilhão e as linhas de crédito dos bancos Bradesco e Santander no valor de R$ 900 milhões que serão desembolsados ao longo de 2014.
Uma das principais mudanças introduzidas pela Prumo foi com relação à vocação do empreendimento, que hoje está focado na atração de empresas do setor de óleo e gás. Com características únicas, como grande profundidade, localização estratégica e infraestrutura eficiente, o porto do Açu se apresenta como a principal solução para a instalação de empresas do setor de O&G. No porto poderão ser instaladas bases para movimentação e tratamento de petróleo, base de apoio para as operações offshore de E&P e polo metalmecânico dedicado à indústria de petróleo e gás.
O porto do Açu é composto por dois terminais, o T1 (offshore) e o Terminal 2 (T2 – onshore), em construção em São João da Barra (RJ). Terá 17 quilômetros de píer e poderá receber até 47 embarcações. Com construção iniciada em outubro de 2007 e área total de 90 quilômetros quadrados, o porto do Açu poderá ter profundidade de até 25 metros e capacidade para receber navios de grande porte.
O T1 será composto por uma ponte de acesso com três quilômetros de extensão, píer de rebocadores, píeres para movimentação de minério de ferro e petróleo, canal de acesso e bacia de evolução. Destes, a ponte, dois píeres para minério de ferro, o píer de rebocadores, o canal de acesso e a bacia de evolução já estão concluídos. Serão nove berços para atracação de navios: quatro dedicados ao minério de ferro, que poderão movimentar até 100 milhões de toneladas por ano, e cinco berços para movimentação de até 1,2 milhão de barris de petróleo por dia (bpd).
Já o T2 fica localizado no entorno de um canal para navegação de 6,5 quilômetros de extensão, com 300 metros de largura e profundidade de até 14,5 metros. O T2 contará com mais de 13 quilômetros de cais, onde serão movimentados ferro gusa, carvão mineral, veículos, granéis líquidos e sólidos, carga geral e petróleo.