Resolver os problemas do Instituto de Seguridade Social Portus, o fundo de pensão dos trabalhadores portuários, é um dos principais desafios, se não o maior, dos gestores da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A futura abertura de capital da empresa na bolsa e seu saneamento dependem de uma solução para a questão.
Nesta terça-feira (11), durante a divulgação do balanço dos 100 primeiros dias de gestão da nova diretoria da Docas, capitaneada pelo presidente, Casemiro Tércio Carvalho, foi informado que o rombo financeiro do Portus gira em torno de R$ 3 bilhões, sendo que 50% desse montante corresponde a dívidas da companhia com o fundo – em Santos, são 4 mil famílias beneficiárias e 385 aposentados na ativa.
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Enquanto Tércio apontava o plano desenvolvido pela Codesp para evitar a liquidação do Portus, o presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, estava em Brasília com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Da reunião, segundo Cirino, boas notícias. O Governo deve liberar até o final do mês um novo aporte financeiro para ao fundo de pensão. O encontro ocorreu a pedido da deputada federal Rosana Valle(PSB-SP).
Além do valor, o ministro deu um prazo de 10 dias para que os trabalhadores apresentem uma nova proposta para salvar o Portus.
“Temos uma proposta, que foi elaborada por uma consultoria e aprovada em assembleia. Vamos fazer algumas alterações e a apresentaremos ao Governo. Queremos que a situação financeira do Portus seja resolvida o mais breve possível”, disse Cirino.
Fonte: A Tribuna