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Rio de Janeiro atrai empresas com atividade de estocagem

São Paulo - Dinamizada pela força das atividades petrolífera, química e metalomecânica no estado, a área de logística do Rio de Janeiro vem atraindo novas empresas. Uma delas é a Brasilmaxi, dona de um faturamento de R$ 76 milhões no ano passado (e de uma projeção de R$ 87 milhões para este ano). A companhia tem sede na capital paulista, mas 27% de seus negócios já ocorrem no Rio. Ela investiu mais de R$ 6 milhões em 2010, e outros R$ 4 milhões de investimentos estão sendo feitos em 2011. Estes recursos foram empregados na abertura de um armazém na cidade do Rio de Janeiro, no bairro da Pavuna, e na ampliação da frota da companhia. A Brasilmaxi já conta com outro armazém no Rio, em Guadalupe, zona norte da capital.

"Estrategicamente, operar no Rio passou a ser uma necessidade de nossos clientes de São Paulo. Isto em consequência do aumento do volume de negócios na região e em razão do porto local, onde se concentra enorme volume de importações e exportações, além de embarques para a Região Nordeste", explica Marcelo Cunha, diretor Comercial da Brasilmaxi. A companhia faz armazenagem, distribuição e transporte just-in-time de contêineres e outros itens. "Apostamos no crescimento da região nos próximos 4 anos devido à Copa do Mundo e às Olimpíadas", acrescenta ele.

Outra ação recente da empresa para expandir-se no estado vizinho foi a aliança com uma transportadora, a Transdis, de forte presença por ali. Ela se encarrega da gestão financeira e operacional das operações conjuntas, enquanto a Transdis entra com know-how operacional e sua carteira de pedidos. "Alguns de nossos principais clientes são Honda, Volkswagen, Basf, Unilever e Semp Toshiba", relata Paulo Tigevisk, gerente de Marketing e Vendas da Brasilmaxi. Além de suas unidades paulistana e carioca, a organização conta ainda com bases nas cidades de Santos e Itapevi (SP). A empresa opera uma frota de mais de 370 veículos e equipamentos, entre próprios e agregados.

Rótula Logística

O Rio de Janeiro fica no centro da região de maior dinamismo econômico do País, e isto se reflete no fluxo de mercadorias de alto valor agregado que entram, saem ou apenas passam pelo estado continuamente. Chamada de Rótula Logística Nacional, esta área compreende mais de uma dezena de portos e terminais marítimos, dois grandes aeroportos centrais, diversos outros de menor porte no interior, uma grande densidade de rodovias pavimentadas, ferrovias de carga e estações aduaneiras espalhadas pelo território fluminense.

"Quanto mais a plataforma logística de nosso estado avança, mais resultados positivos surgem", como afirma Delmo Pinho, subsecretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro. Ele conta ainda que, entre 2010 e 2012, investiram-se em transporte e logística no Rio R$ 10,5 bilhões. Isto correspondeu a 36,7% de todos os aportes em infraestrutura no estado no período; só energia teve investimentos maiores, de R$ 15,6 bilhões.

Para o período de 2011 a 2013, prevê-se que os aportes em ambos os setores, transporte e logística, serão ainda maiores: R$ 11,8 bilhões. Só o Porto do Rio é responsável pela geração direta de 7 mil empregos e de mais 25 mil vagas indiretas, com salários superiores a R$ 2 mil. "O Rio de Janeiro conta hoje com 59% de suas rodovias estaduais pavimentadas e 1.200 quilômetros de trechos rodoviários sob concessão", afirma Pinho. "Aliás, o Rio é o estado que conta com a maior parcela de sua infraestrutura concessionada para empresas privadas, seja no caso da malha ferroviária, seja no da rodoviária, portuária e até mesmo aeroportuária."

Obstáculos

Os obstáculos ao setor não diferem muito daqueles de outras regiões, em especial no caso da capital. "Nos grandes centros urbanos, como o Rio de Janeiro, o surgimento ou o agravamento de legislações restritivas ao trânsito tem sido um fator de grande tormento para nossas equipes operacionais. Não há como resolver a equação de atender à legislação sem agravar os custos", alerta Tigevisk. A falta de mão de obra especializada em logística também é um problema por ali. Ela tem sido atacada com a grande quantidade de cursos técnicos na área que vem sendo abertos no Rio.

No momento, encontra-se em elaboração o Plano Estadual de Logística de Cargas do Rio de Janeiro (PELC RJ), que fará o diagnóstico de todas as carências do Estado no setor. Após isto, o governo estadual partirá para a solução dos problemas constatados, através de recursos que serão obtidos junto ao Banco Mundial. Por fim, foi lançada recentemente a Agenda Positiva para o Desenvolvimento das Rodovias Concessionadas no Rio de Janeiro, por meio da qual se buscará a duplicação e otimização destas estradas. As obras se iniciaram em 2010, na região do Médio Paraíba. A próxima etapa serão as rodovias da região Serrana, e depois disso as demais.

Fonte:DCI/Alex Ricciardi






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