A possibilidade da utilização da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) como corredor de exportação de produtos paraguaios, foi debatida pelo presidente da Cesa, Márcio Pilger, que recebeu o diretor da União de Exportadores Paraguaios (Unexpa), Raul Valdez, e o gerente do Departamento de Grãos da empresa paraguaia Dekalpar, Cristian Fretes.
A alternativa de parceria com a Cesa, segundo Valdez, surgiu em função de que a produtividade de grãos do Paraguai cresceu de forma mais acelerada que a infraestrutura do país, onde o consumo interno de soja é de 50% da produção, sendo o restante destinado à exportação. E o país possui apenas uma opção de escoamento da produção.
Conforme Pilger, as negociações com o Paraguai tiveram início no começo do mês, quando ele, a convite da Unexpa, visitou algumas cooperativas paraguaias. Além disso, a negociação faz parte do pacote de medidas que vêm sendo adotadas em função da reestruturação da Cesa. "Precisamos resolver questões de legislação para que nossas unidades possam realizar o alfandegamento. Para isso, vamos buscar os moldes já utilizados pelo Paraguai em outras cidades".
Pilger afirmou ainda que o grande trunfo que o Estado oferece é a segurança. Na oportunidade, o secretário adjunto da Agricultura cogitou a possibilidade de que uma parte dessa produção de soja fique no Estado para ser transformada em Biodiesel. Uma demanda que atenderia os interesses do Rio Grande do Sul e do Paraguai.
Logística
A intenção é que o corredor funcione de forma que grãos, como a soja, saiam da cidade de Encarnación, no Paraguai, e sejam transportados por caminhões pelo trajeto de 250 quilômetros até a unidade da Cesa de São Luiz Gonzaga e de lá façam, por via férrea, os 600 quilômetros restantes até a unidade de Rio Grande. Lá, por meio do porto, seguiriam para o destino de exportação.
Fonte: Jornal agora (RS)
PUBLICIDADE