As duas embarcações paraguaias que estão atracadas no porto da capital gaúcha desde 1997, Mariscal José Felix Estigarríbia e General Bernardino Caballero, finalmente serão retiradas. O sócio da Riosul Comércio de Aço e Metais (empresa que arrematou os navios) Ricardo Souza informa que na próxima semana termina o trabalho de desmanche e as bases dos cascos serão enviadas a um estaleiro (que ainda está sendo escolhido) para serem reformadas e aproveitadas como chatas (um tipo de embarcação).
Em março deste ano, a Riosul adquiriu o Estigarríbia por R$ 367,5 mil e o Caballero por R$ 645 mil. O primeiro tinha peso de 1,47 mil toneladas, e o segundo, de 2,58 mil toneladas. O valor por quilo de sucata de ferro foi de R$ 0,25. Souza relata que a sucata foi enviada para a Gerdau. As duas embarcações foram apreendidas pela Marinha do Brasil, em razão da falta de segurança.
Outra notícia positiva para o porto gaúcho é a movimentação gerada pelo segmento de fertilizantes. A chegada do navio mercante AS Elenia à Capital deve movimentar nesta semana cerca de 5,5 mil toneladas de fosfato monoamônico. O produto, que tem origem do porto de Jorf Lasfar, no Marrocos, é destinado para a produção de fertilizantes.
Conforme dados do Sindicato da Indústria de Adubos do Rio Grande do Sul (Siargs), o Estado recuperou a posição de terceiro principal mercado consumidor de fertilizantes em 2012. Até outubro, foram entregues mais de 3 milhões de toneladas do insumo para a produção agrícola, o que representa 6,3% a mais do que o mesmo período do ano passado.
O presidente do Siargs, Torvaldo Antônio Marzolla Filho, adianta que a expectativa é de que a produção gaúcha feche o ano com a comercialização de 3,4 milhões de toneladas de fertilizantes. Ele ressalta ainda a importância da operação portuária para este mercado no Rio Grande do Sul. “A utilização das hidrovias e do porto de Porto Alegre para a produção do fertilizante nas nossas indústrias é fator fundamental, não apenas no que se refere aos custos da produção, mas especialmente na preservação ambiental”, afirma.
Segundo ele, se o transporte fosse feito por rodovia, seriam 10 mil caminhões a mais na estrada que liga Rio Grande a Porto Alegre por ano. O porto da Capital movimentou, até outubro, 814,1 mil toneladas de cargas, 12% a mais do que no mesmo período de 2011, sendo cerca de 90% matéria-prima para a produção de insumos. “O setor hidroportuário gaúcho tem um potencial significativo e precisa ser mais bem aproveitado pela indústria como um todo”, avalia o superintendente de Portos e Hidrovias, Pedro Obelar.
Fonte: Jornal do Commercio (POA)
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