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Santa Catarina perde R$ 11,5 bilhões em desenvolvimento por causa das estradas

Cerca de R$ 11,5 bilhões desviam Santa Catarina do caminho do desenvolvimento econômico. Este é o valor mínimo que o Estado precisa investir em obras de infraestrutura logística e de transporte para superar gargalos que emperram um crescimento sustentável e ainda maior, de acordo com o Plano CNT de Transporte e Logística 2011, divulgado na última semana pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

O documento, que traz um retrato atualizado da situação da infraestrutura logística do país, sugere uma série de projetos essenciais nos segmentos rodoviário, aquaviário, ferroviário, aeroportuário e de transporte urbano. As medidas buscam, principalmente, preparar o Brasil para receber a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Quase metade dos investimentos recomendados ao Estado está ligada ao segmento rodoviário.

De acordo com a CNT, Santa Catarina deve destinar R$ 5,48 bilhões em obras de construção, recuperação, duplicação e implantação de faixas adicionais em rodovias. Os destaques ficam por conta da necessidade de duplicação de 715 quilômetros de asfalto nas BRs 216 (trecho de 298km entre Mafra e Capão Alto), 470 (295km entre Campos Novos e Navegantes) e 153 (122km entre Água Doce e Concórdia).

As propostas visam à melhoria das condições de tráfego e vão gerar benefícios para os usuários, principalmente para os transportadores de cargas que vão até os portos catarinenses, diz o estudo.

Ainda em relação ao transporte terrestre, o estudo sugere a implantação de 806 quilômetros de ferrovia em território catarinense, que devem consumir R$ 4,19 bilhões em recursos. A medida, ao mesmo tempo em que ajudaria a desafogar o sistema rodoviário, facilitaria principalmente o escoamento da produção agroindustrial da região Oeste ao sistema portuário.

Documento ressalta alto custo do transporte

O Plano CNT de Transporte e Logística destaca a urgência das obras justificando que o custo de transporte representa a maior parte dos gastos logísticos das empresas brasileiras. De acordo com o documento, o desempenho das operações está relacionado à qualidade e à oferta de infraestrutura viária, de veículos e de terminais. Enquanto nos Estados Unidos os custos logísticos representaram 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008, no Brasil esse índice sobe para 11,6% (quase R$ 350 bilhões). O documento também lembra que as sucessivas crises do transporte aéreo, as precárias condições de conservação das

O documento também lembra que as sucessivas crises do transporte aéreo, as precárias condições de conservação das estradas, a estagnação de investimentos em ferrovias e os problemas causados pela urbanização em áreas portuárias são motivos que explicam a urgência das medidas. "Precisamos crescer, e isso exige que todos os modais cresçam simultaneamente e de forma integrada", avalia Clésio Andrade, presidente da CNT.

Aeroportos não dão conta da demanda

Santa Catarina possui quatro aeroportos administrados pela Infraero (Florianópolis e Navegantes, internacionais, e Joinville e Forquilhinha). Em 2009, eles movimentaram mais de 2,9 milhões de passageiros, 7,3 mil toneladas de cargas e 4,2 mil toneladas de mala posta. Só Florianópolis contabilizou 2,1 milhões de passageiros, o equivalente a 72% do total. A movimentação supera - e muito - a capacidade de 980 mil passageiros/ano estimada pela Infraero. O plano sugere a ampliação dessa estrutura, principalmente na Capital, onde o número de embarques e desembarques é muito superior ao resto do Estado.

Portos precisam investir em dragagens

As obras sugeridas para o sistema portuário abrangem basicamente dragagens e ampliações nos terminais de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul. As dragagens visam aumentar a segurança dos portos e permitir a operação de navios de maior capacidade (maior calado), enquanto as ampliações têm o objetivo de permitir a movimentação de maiores quantidades de cargas. No total, o plano sugere a dragagem de 6,5 milhões de metros cúbicos, totalizando investimentos na ordem de R$ 127,42 milhões.

Fonte: Noticenter, com informações da CNT



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