A JSL, especializada em logística, registrou lucro líquido de R$ 26,9 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 76% em relação ao contabilizado um ano antes. Segundo o presidente da companhia, Fernando Simões, os motivos para a alta são basicamente dois: o crescimento orgânico e a incorporação da Rodoviário Schio (companhia voltada à logística de carga refrigerada, que foi adquirida em novembro).
A receita líquida aumentou 74,5% na comparação, para R$ 870,3 milhões. No crescimento orgânico das operações logísticas, dois serviços puxaram o resultado: a unidade de gestão e terceirização teve aumento de 58,6% e a de serviços dedicados subiu 43,2% (em receita bruta). Os setores de siderurgia, mineração e agricultura foram os principais responsáveis pela expansão dessas unidades.
Paralelamente à maior receita, os custos da companhia subiram em menor proporção (68,9%), para uma perda de R$ 700,9 milhões. Segundo Denys Marc Ferrez, diretor financeiro, a pouca idade da frota contribui para menos gastos com manutenção. O item lucro bruto mais que dobrou, para R$ 169,3 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 151,5 milhões (alta de 77,4%) e a margem Ebitda, de 21,7% (alta de 4,6 pontos percentuais).
Na parte financeira, a empresa teve um prejuízo 62% maior, para uma perda de R$ 47,1 milhões - principalmente com despesas oriundas de variação monetária.
A companhia registrou, ao final do período, um endividamento líquido de R$ 2,04 bilhões. Do total, diz a empresa, 71% estava vinculada à aquisição de ativos. O nível de alavancagem (medido pela relação dívida líquida sobre Ebitda) da JSL está em 3,7. Segundo a companhia, retirando despesas não recorrentes com aquisições e "projetos especiais", o indicador cai a 2,4. Os contratos de dívida assumidos pela companhia limitam o endividamento em 3,0.
Os resultados englobam tanto a JSL Logística como a Simpar Concessionárias (recém-adquirida), que registrou prejuízo de R$ 2,1 milhões em fevereiro e março.
Fonte: Valor Econômico/Por Fábio Pupo | De São Paulo
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