A Secretaria Estadual de Ambiente do Rio de Janeiro negou a concessão de licença de instalação para três empreendimentos no Estado do Rio de Janeiro, cujos investimentos somariam R$ 2,5 bilhões.
De acordo com o secretário Carlos Minc, não será possível negociar, nem ajustar os projetos. “Nenhum dos empreendimentos é passível de negociação”, afirmou.
Uma companhia privada, cujo nome não foi divulgado, queria instalar uma usina térmica a carvão em Itaguaí. Minc contou que os técnicos da secretaria disseram que, devido aos projetos já existentes e aos aprovados, a capacidade da região já está esgotada.
Uma outra companhia privada, que atua na área de petróleo, queria instalar um porto offshore em Arraial do Cabo. “Imagina qual turista viria da Alemanha ou da Itália para uma praia charmosa em Arraial do Cabo com um porto offshore, com torres escorrendo petróleo? Nenhum. Nós geraríamos empregos em um setor, mas destruiríamos do outro”, disse. De qualquer forma, a secretaria autorizou em Arraial um porto para pesca, turismo e comércio, mas sem petróleo.
E o terceiro empreendimento seria um terminal de minério em Itacuruçá, da multinacional Brazore. “É uma área que tem muito ecoturismo e pesca artesanal, e já há outros terminais de minério. Não precisa cada empresa ter um terminal de minério, senão acaba virando um paliteiro. Elas têm que se associar para pegar o antigo terminal da MBR, o próprio terminal do porto e da CSA. A gente tem que ver o que interessa ao Estado e ao meio ambiente, e não para cada minerador individualmente”, disse.
Fonte: Valor
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