A pesquisa Diagnóstico de Sustentabilidade, feita em conjunto pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e pela Associação de Terminais Portuários (ATP), revelou que o setor portuário investiu R$ 512,4 milhões na área ambiental em 2023 e 2024, à frente dos outros segmentos avaliados, navegação e aeroportos. O estudo analisou 78 participantes do modal, divididos em três categorias: portos organizados (16), arrendamentos (33) e terminais autorizados (29). Segundo o MPor, a pesquisa é a segunda etapa de um conjunto de ações para consolidar a agenda ESG na logística nacional, iniciadas com a elaboração da Política de Sustentabilidade e o Pacto pela Sustentabilidade.
O levantamento revela que, dos R$ 512,4 milhões investidos pelo setor portuário na esfera ambiental, os terminais autorizados (TUPs) participaram com R$ 290,7 milhões, as administrações portuárias com R$ 138 milhões e os arrendamentos com R$ 83,7 milhões. O estudo indica ainda que 96,2% dos participantes têm regularização ambiental, 73,1% mantêm políticas de sustentabilidade e 73,1% desenvolvem projetos de descarbonização.
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Em relação a questões sociais envolvendo ações de combate a assédio, promoção da equidade de gênero e comunicação com a comunidade, o setor portuário também foi o que mais investiu, com R$ 225,5 milhões. Os terminais autorizados informaram ter investido R$ 181,6 milhões, as administrações portuárias declararam R$ 28,0 milhões e os arrendamentos, R$ 15,9 milhões. Além disso, 88,46% apoiam projetos sociais, 88,46% os de combate ao assédio e 87,18% investem em canais de comunicação com comunidades.
Em questões ligadas à governança e à transparência da gestão, o setor investiu R$ 69,1 milhões, com taxa média de adesão de 77,9% Os dados do levantamento mostram que 89,74% dos participam têm setores de compliance e estatuto ou política social e que 87,18% são avaliados por auditorias externas.
O ministro de portos e aeroportos, Silvio Costa Filho, elogiou o resultado do estudo e ressaltou que foi a primeira vez que foi feito diagnóstico de sustentabilidade da logística brasileira. “E lançamos um planejamento estratégico que vai dialogar com a necessidade de cada vez mais incorporar uma agenda ESG à agenda do Ministério”, disse.

















