Os investimentos são resultado da parceria público-privada no setor, que é responsável por 95% das transações comerciais brasileiras, em termos de volume
Com investimentos da ordem de R$ 32 bilhões previstos para os próximos cinco anos, por parte da iniciativa privada, o setor portuário brasileiro é um dos focos das parcerias público-privadas, no País. É através dos portos que o País realiza, hoje, 95% das suas transações comerciais, em volume, e 86%, em valor.
A informação é do diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, que participou, ontem, em Beberibe (a 83 km de Fortaleza), da 6ª edição do Encontro Regional da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), do Nordeste.
Segundo ele, que foi um dos debatedores do painel “Desafios da Infraestrutura – Portos, Aeroportos e Ferrovias”, os equipamentos portuários são os principais fomentadores do desenvolvimento, na região Nordeste, a exemplo dos portos do Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco.
“É preciso que o Nordeste continue investindo na área portuária, pois todas as grandes indústrias e outros empreendimentos privados podem ser atraídos para regiões que tem o porto como suporte de desenvolvimento”, afirma.
Ele diz, no entanto, que, para a eficiência desses equipamentos, é necessário infraestruturas de acesso terrestre, como ferrovias e rodovias, como é o caso da Transnordestina. “Dessa forma, a parceria público-privada é vital para esses investimentos, pois o Estado não tem orçamento suficiente para toda essa estrutura, sendo necessária a participação também da iniciativa privada”.
A parceria entre poder público e empresas, no setor portuário, é um modelo mundial que já é utilizado no Brasil há algum tempo. Atualmente, os portos públicos são arrendados para a iniciativa privada que conduz a operacionalização dos equipamentos e da comercialização. Cabe ao Estado, apenas a regulamentação, fiscalização e planejamento, bem como a infraestrutura de energia elétrica, água e esgoto.
Para o presidente da Apimec, no Ceará, Célio Fernando, a importância dessa sexta edição está, principalmente, em uma “integração” do Nordeste, em relação à iniciativa privada. “Precisamos criar uma aculturação sobre a parceria público-privada, na região, para termos mais ações da iniciativa privada para o desenvolvimento do Nordeste”, afirma.
A 6ª edição do Encontro Regional da Apimec, que se encerra hoje, no Hotel Coliseum, na Praia das Fontes, em Beberibe, tem como tema “O Novo Nordeste – Como Viabilizar Oportunidades de Investimento”.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Encontro da Apimec quer chamar a atenção dos investidores privados para as oportunidades de desenvolvimento na área de infraestrutura, que inclui portos, aeroportos e ferrovias para o Estado.
SERVIÇO
VI Encontro Regional dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais
Quando: 18 de novembro
Onde: Hotel Coliseum – Praia das Fontes-Beberibe (CE)
Outras informações: (85) 3253 5850
Site: www.apimecne.com.br
Fonte: O POVO Online/Bruno Stéfano
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