Empresa aguarda liberação de licença ambiental para as obras
Previstas para encerrar em dezembro, as obras de terraplanagem para a instalação de uma fábrica e de um centro de distribuição da Shineray, no Complexo Industrial Portuário de Suape, sequer começaram. Segundo o diretor executivo da montadora de motocicletas no Brasil, Paulo Perez, a empresa aguarda a liberação das licenças ambientais para tocar os serviços. O empresário disse à Folha de Pernambuco que o grupo pode desistir de fincar suas estacas no Estado se o processo não correr nos próximos dias. Ele vai a Suape hoje negociar celeridade na tramitação.
“Nossa intenção era iniciar a operação no primeiro semestre de 2012, mas isso não vai ser possível porque as licenças estão demorando muito. Precisamos começar até o fim do próximo ano para podermos cumprir os contratos que temos. Esta é a nossa angústia”, afirmou Perez. De acordo com o executivo, a fábrica pernambucana será necessária para suprir a produção da Shineray, que estará “estrangulada” em um ano.
“Vamos procurar alternativas caso não tenhamos uma sinalização em breve. Suape mesmo está à frente disso”, declarou. O Porto não se pronunciou até o fechamento desta edição. Já o presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), Hélio Gurgel, informou que precisava de mais detalhes sobre o empreendimento para emitir uma posição.
Os investimentos da Shineray em Pernambuco estão estimados em R$ 40 milhões. A fábrica vai montar motos entre 125 e 150 cilindradas, com a saída dos primeiros automóveis programada para dois anos após o início da operação. A capacidade de produção atingirá 120 mil unidades por ano, mas começará com 30 mil veículos nos primeiros 12 meses.
A estrutura contará com laboratórios de tecnologia e uma pista de testes exclusiva para os modelos comercializados pela empresa. O anúncio da construção foi feito em julho de 2009. O grupo chinês deve empregar 300 pessoas. A Shineray se destaca na venda de motos 50 cilindradas, cuja versão de entrada custa em torno de R$ 3 mil.
Fonte: Folha de Pernambuco (PE)/AUGUSTO LEITE
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