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Soja em alta provoca corrida aos portos

Motivados pelos bons preços da soja no mercado internacional e pela alta na cotação do dólar, produtores rurais brasileiros estão provocando uma "corrida" aos principais portos do país para garantir a exportação do grão a boas cotações.

Apesar de maio já ser um mês movimentado, por coincidir com a colheita da soja, os volumes de exportação do grão neste ano surpreendem.

Em Paranaguá (PR), 53 navios estão aguardando atracação, sendo 26 graneleiros -número acima do normal para a época.

O tempo de espera para embarque pode chegar a 30 dias, segundo o superintendente da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Luiz Henrique Dividino.

Já o porto de Santos registrou movimento 70% maior nas exportações de soja do que no primeiro trimestre do ano passado -mesmo percentual do porto de São Francisco do Sul (SC).

A perspectiva é que os embarques continuem aumentando pelo menos até julho.

"Neste momento, toda a circunstância comercial é favorável e os produtores e tradings estão buscando resultados. Então, há uma corrida", afirma Dividino.

ACELERADO

O boom das exportações tem ocorrido desde o início do ano. Os grandes importadores mundiais de soja, preocupados em abastecer seu mercado -especialmente a China-, fecharam contratos mais cedo devido à possibilidade de quebra da safra na América do Sul, por causa da estiagem do último verão.

O ritmo das exportações vem crescendo desde então, assim como as cotações, uma vez que a oferta diminuiu. A quebra da safra sul-americana se confirmou, e os Estados Unidos, com a maior produção mundial, anunciaram redução na área plantada.

No início do mês, o preço da soja atingiu a segunda maior cotação da história na Bolsa de Chicago -e o dólar, a maior dos últimos três anos no Brasil.

"Sempre quando se chega a esses níveis muito altos há aquela expectativa de correção", diz a analista Daniele Siqueira, da AgRural.

"Qual é o exportador que vai esperar? Se ele esperar, o preço pode desabar, porque o mercado está volátil. Ele quer é mandar [a soja] para fora", afirma Dividino.

Além das boas cotações, as exportações também estão sendo impulsionadas pela perspectiva de uma grande safra de milho a partir de junho -ou seja, é preciso esvaziar os armazéns o mais rápido possível.

IMPORTAÇÃO

Curiosamente, a corrida pela exportação pode forçar as indústrias de processamento a importarem o grão no final do ano.

Algumas cooperativas produtoras de óleo de soja que estão com os estoques muito baixos já consideram a possibilidade.

"Para o produtor, hoje é mais vantajoso exportar, porque o preço está bom", afirma Flávio Turra, gerente técnico da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná).

Ainda assim, Turra estima que a importação será residual, já que o Centro-Oeste colhe uma boa safra e pode repor os estoques da região Sul.

Fonte: Folha de São Paulo/ESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA






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