Falta de verbas poderia parar o trabalho de dragagem dos canais de navegação entre Porto Alegre e Rio Grande
A Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) liberou mais R$ 600 mil para que a Superintendência de Portos e Hidrovias do Estado (SPH) possa dar continuidade à dragagem aos canais de acesso ao complexo portuário da Grande Porto Alegre, em especial, a entrada e saída de navios marítimos junto à cidade de Rio Grande. Os recursos foram repassados há duas semanas, depois que os representantes da SPH se reuniram com a chefia de gabinete da Sefaz para apresentar a realidade dos cerca de 300 quilômetros de canais.
O titular da SPH, Vanderlan Vasconselos, explicou que com o repasse evita-se o rompimento do contrato continuado com a empresa que efetua a dragagem entre Porto Alegre e Rio Grande. “O trabalho está sendo realizado na metade do Canal do Junco e nossos recursos orçamentários já se extinguiram. Se não conseguíssemos os valores para o pagamento do trabalho já executado, consta no contrato com a empresa que ela poderá sair daqui e ficar por até seis meses fora”, informou. “Isso acabaria com a nossa hidrovia, correndo o risco de sofrermos uma interdição por parte da Marinha do Brasil e, com isso, pelo menos um terço dos recursos, que chegam pela hidrovia gaúcha e que sustentam o caixa único, deixaria de entrar no Estado.”
Vasconselos destacou que boa parte desses valores são arrecadados através dos navios que trazem especialmente gás GLP, matéria-prima para uso na indústria petroquímica e para manutenção do Polo Petroquimico, fertilizantes, sal, entre outros produtos que são garantia da safra recorde. “Vamos continuar pleiteando mais recursos para que as hidrovias se mantenham em dia. Um dos pontos críticos, segundo informações dos práticos da Lagoa do Patos (técnicos que conduzem os navios dentro do canal de navegação), está na região de São Lourenço, que com a enxurrada ocorrida no mês de março teve boa parte assoreada e está colocando em risco a navegação de embarcações de grande porte. Fomos informados que neste ponto estão sendo necessárias realizações de manobras arriscadas para que os navios não encalhem.” Um novo contato deverá ser feito com a Sefaz para que mais recursos possam ser aplicados.
Fonte: Jornal do Commercio (RS)
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