O Complexo Industrial Portuário de Suape e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PE) firmaram, nesta terça-feira (14), convênio de encadeamento produtivo para desenvolver ações para estruturação de negócios no Cabo de Santo Agostinho e em Ipojuca, com a finalidade de formar fornecedores para as empresas do território.
O convênio será norteado por cinco focos estratégicos: desenvolvimento empresarial dos micros e pequenos negócios; inserção destes nas políticas corporativas das empresas; acesso aos mercados; desenvolvimento de ações de inteligência competitiva; e criação de redes de aprendizagem entre os micros e pequenos negócios e as empresas. “O acordo segue as premissas da cadeia produtiva criada em Goiana, na Zona da Mata Norte, para atender às necessidades da fábrica do Grupo Stellantis, que produz veículos de marcas como Jeep e Fiat. Se isso foi feito lá, também pode dar certo em Suape”, explicou o diretor de Desenvolvimento de Negócios, Luiz Barros. O investimento no projeto é de R$ 367,8 mil, com duração de 12 meses.
PUBLICIDADE
“O Projeto Encadeamento Produtivo, idealizado pelo Sebrae e já aplicado em outros distritos industriais, apresenta a perspectiva de engajamento da economia local, identificando oportunidades de estruturação de micro e pequenos fornecedores instalados no Cabo de Santo Agostinho e em Ipojuca, municípios da zona de influência direta de Suape, a partir das necessidades apresentadas pelas empresas do território nas diversas ações de diagnóstico de cenário, como o Censo Suape, e demais ferramentas de análise de vocação dos mais diversos relacionamentos”, exemplifica o diretor-presidente da estatal portuária, Roberto Gusmão.
Para o gerente regional do Sebrae, Alexandre Alves, o convênio possibilitará a conexão entre os pequenos e os grandes negócios. “No Brasil, 98% das empresas são de pequeno porte. Inseri-las em uma cadeia de fornecedores de classe mundial é um desafio permanente. A experiência que o Sebrae teve em Goiana mostrou exatamente isso. Imagine uma planta daquela envergadura, que, no início, tinha muita dificuldade em conseguir comprar produtos na região e até em Pernambuco. Isso incomodava muito o grupo à época e o levou a procurar o Estado para um pacto de inclusão produtiva, social e econômica na região. Depois de três anos, alcançamos vários resultados, mas o principal foi poder trabalhar com essas empresas, estabelecer a criação de processos e métodos para que estivessem habilitadas a fornecer insumos para uma planta daquele tamanho”, enfatizou.