A direção do Complexo Industrial Portuário de Suape ingressou ontem com recurso de defesa contra a liminar solicitada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e pelo Ministério Público Federal (MPF), no caso da supressão de mais de 690 hectares de vegetação nativa do Porto para a instalação de um polo naval. Os órgãos fizeram um pedido à Justiça Federal para que fossem paralisadas quaisquer obras ligadas aos desmatamento em questão, se assim estivesse ocorrendo.
No documento enviado por Suape, o argumento é de que não haveria necessidade de solicitar uma liminar para paralisar as obras porque elas sequer foram iniciadas. Antes de começarem as intervenções, a devastação passará por estudos propostos por uma comissão de técnicos e especialistas no setor, além de precisar do aval de órgãos como a CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Pernambuco).
Quanto ao mérito da questão, a resposta pelo pedido de reavaliação do desmatamento por conta de um estudo do EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), a diretoria portuária está se valendo do prazo de 15 dias para expedi-la. O período começa a contar a partir do último dia 12, desde a chegada da Ação Civil Pública (ACP) movida pelos ministérios. Segundo o promotor de Justiça do MPPE, Salomão Abdo, o processo de supressão seria feito de forma rápida e arbitrária.
Fonte:Folha de Pernambuco/PAULO MARINHO
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