Porto pernambucano inaugura operação da GM e já negocia com Fiat, Volkswagen e Land Rover
O governo de Pernambuco já negocia para ampliar o número de montadoras que utilizam o Porto de Suape para importar automóveis. A General Motors inaugurou nesta quinta-feira uma central logística no terminal, que exigiu investimento de R$ 30 milhões e servirá, inicialmente, para a importação do modelo Agile, fabricado pela montadora em Rosário, na Argentina.
Segundo o secretário de Desenvolvimento do Estado, Fernando Bezerra Coelho, Fiat, Volkswagen e Land Rover já estão no radar de Suape para que também utilizem o terminal como via de abastecimento do mercado nordestino de veículos. “Nos três casos seria para importação”, diz. O governo reuniu-se com representantes das empresas há cerca de 90 dias, de acordo com o secretário.
Segundo secretário de desenvolvimento de Pernambuco, a GM não tem exclusividade para usar o cais de atracação do Porto de Suape
Negociações do gênero não costumam ser simples. Faz 15 anos que a General Motors, por exemplo, ventilou pela primeira vez a possibilidade de utilizar Suape para importar automóveis. O negócio não foi adiante e foi retomado de forma definitiva apenas em maio de 2008, quando foi assinado o protocolo de investimento com o governo pernambucano.
Agora, no entanto, um eventual acerto com outras montadoras tem mais apelo. Primeiro porque a GM, ao lançar seu complexo logístico, mostra a viabilidade da operação. A série bilionária de investimentos previstos para Suape – o complexo terá refinaria, indústria petroquímica e um estaleiro – reforçam essa atratividade. Na apresentação feita nesta quinta-feira pela General Motors, um fator adicional também foi citado: neste ano, as vendas de carros em Pernambuco devem superar as da Bahia, o que, se a projeção se efetivar, fará de Pernambuco o maior mercado automobilístico do Nordeste.
A GM prevê que, em até três anos, atingirá a meta para a primeira etapa da nova operação, que é de 25 mil automóveis importados por Suape. A segunda etapa prevê a elevação desse volume para 60 mil unidades.
Inicialmente, apenas o Agile fabricado na Argentina desembarcará no terminal, mas a programação da montadora prevê ainda a importação dos modelos Captiva, que chegará do México, Malibu, originário dos Estados Unidos, e Camaro, fabricado no Canadá. Construir também uma fábrica no local, como querem os políticos locais, dependerá da demanda do mercado e é uma decisão que, se ocorrer, será tomada apenas no futuro, diz o presidente da GM para o Brasil e Mercosul, Jaime Ardila.
Fonte:Grande Prêmio/Patrick Cruz, de Ipojuca (PE)
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